É verdade, chegou a gripe e de facto vão-se esgotando os recursos do corpo.O corpo é comparável com um rio, acaba sempre por perder as suas aguas, que se vão escoando lentamente. Chega também o tempo em que já se perdem as palavras e com elas vão-se
as ideias.
Como da primeira vez
Sinto os seus dedos sobre o meu rosto
Amamo-nos como da vez primeira!
E no encanto do momento havíamos posto
Os olhos nos olhos na noite inteira.
O tempo parou e é nosso o Mundo!
Unidos no silêncio, então nos amámos
Caímos num sonho belo e profundo!
Fico no teu corpo, como vencida flor.
Aí é meu lugar, aí descanso e habito
Ao meu te entregas com paixão e amor
E numa loucura feliz, soltámos um grito.
Então, nessa tempestade de paixão!
Nossos pensamentos estão ausentes
E se em cada manhã renasce a criação
O amor nasce em nós, como água nas nascentes!