Domingo, 08 de Novembro, 2009

Estas são fotos da Cidade de Varsóvia.

 

Hoje estou na aldeia, está chuviscando e o dia vai a pouco mais de meio e já está a

ficar escuro, é também o primeiro dia de lareira, que por cá já se faz sentir o frio, então,

vai-se assando umas castanhas, e lendo um bom livro no aconchego do sofá.

 

Venho apenas postar e hoje resolvi descansar.

 

 

 

Se ela me negar a luz?

 

Vou passando , ninguém nota

A minha partida ou chegada!?

- Vou seguindo minha rota.

Vai-se apertando a passada.

Não quero a Vida parada!

Mesmo que o futuro me pese

Não a dou de mão beijada!?

- Vem a noite faço prece.

 

Levo passo já hesitante

Meus desejos trago sem norte

Lembro o passado distante

Grito ao futuro melhor sorte.

- Esta rota é já comprida!

Vou andando sem descanso

E na solidão desmedida?

Dou mais um passo e avanço.

 

Já nem sei quem me conduz?!

Se sou eu ou é a Vida?!

Se ela me negar a luz?

Já me vou.! Estou de partida.

Sem qualquer tempo a perder

Procuro na esperança guarida

- E no caminho a percorrer

Longe a morte, perto a vida.

 

 

sinto-me: nostálgica
publicado por rosafogo às 17:50

Vai passando pois! E é notada por muitas coisas, sendo uma delas a poesia que connosco vai partilhando! De facto também não há tempo a perder! E vai percorrendo o caminho, escudada na esperança, podendo dizer não à morte e sim à vida! Bonito como sempre!
No comentário anterior falavam de Mário de Sá Carneiro, amigo de Fernando Pessoa, a quem deixou a incumbência da publicação da sua obra quando se suicidou aos 26 anos de idade, ainda incompletos. O que nos deixou é muito belo e profundo. Há um poema dele de que gosto particularmente e que me acompanhou a vida toda, desde jovem, porque retrata o que muitas vezes senti e ainda sinto. Deixo-lhe um pequeno extracto só para aguçar a vontade de o conhecer…

Quase

Um pouco mais de sol - eu era brasa.
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…
(...)
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim – quase a expansão…
Mas na minh’alma tudo se derrama…
Entanto nada foi só ilusão!
(…)
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí…
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi…
(…)
Um beijinho, com a minha amizade.



Maria de Jesus a 14 de Novembro de 2009 às 00:46

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