Terça-feira, 27 de Novembro, 2007

Como passam rápidos os dias, para mim  já numa curva descendente. Hoje foi um dia em que a memória me falhou umas quantas vezes, quando isto acontece, o pensamento  distancia-se das coisas reais e até o falar fica dificultado.

 

 

 

Magia

 

 

Estas palavras, que transformo em poesia

Têm o doce do mel, a força da ventania!

Podem ser também o amargo do fel!

Ou a angústia do meu dia!

Com estas palavras me deito

Deslumbrada num silêncio doce

E ficam elas descansando no meu peito

Como um  mistério, secreto que fosse!

E é neste secreto encanto

Que esqueço a idade e canto!

Canto à Vida! Canto à Morte!

Canto ao destino! Canto à Sorte!

Com palavras marejadas de maresia

Com as mesmas, que transformo em poesia!....

 

 

 

publicado por rosafogo às 21:35

Segunda-feira, 26 de Novembro, 2007

Um diário é um rol de confidências intímas que se escrevem regularmente, senão todos os dias. Eu criei este blog  que para mim é um diário.No entanto gostava de partilhá-lo com alguém que goste de ler, ou goste de poesia.

 

 

 

A outra metade

 

 

 

Amar é abrir uma janela!

É ver o Sol que nasce, deslumbrando!

É o aviso duma sentinela!

É o coração com seu desmando!

 

 

 

 

 

Amar é aquecer a própria Vida!

É remar nas águas calmas

É sentir na chegada e na despedida

O calor das nossas almas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Amar é não querer fazer doer!

É ouvir em nós o chamamento

Da outra metade do nosso ser.

 

 

 

 

 

Amar é a procura da existência!

Para a alma e corpo é alimento!

Amar é estar presente na ausência!

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 22:28

Sexta-feira, 23 de Novembro, 2007

Este poema de hoje já não é novo, já foi lido e relido umas quantas vezes, sempre na dúvida de o inserir ou não . E também porque ainda não lhe tinha dado nome.É um desvario todos querem sair.

 

Por uma lágrima caída

 

 

 

 

Por cada lágrima caída

Por cada sonho, em que acreditei

Meu olhar me abandona

Mas não me resignarei!

 

 

 

 

Invento a felicidade, como outrora

Seco as lágrimas e vou sonhando

Dentro do peito o amor ainda mora

Nas minhas veias, vai o sonho palpitando!

 

 

 

 

 

 

 

Por cada lágrima caída

Persiste a minha vontade

Levanto-me, faço frente à Vida!

 

 

 

 

 

 

 

 

Invento razões, ponho o medo de fora!

Meus olhos, já só choram de saudade

É meu o tempo, é minha a hora!

publicado por rosafogo às 22:55

Quinta-feira, 22 de Novembro, 2007

Este é um poema feito hoje, que mal acabei , nem foi à gaveta.

 

 

 

 

 

Poema esquivo

 

 

Como é esquivo este poema!

Esquivo como pássaro rasgando o vento!

É um mistério ainda sem tema

E perdura na brisa do esquecimento.

 

Poema talvez de suave amor

Que se entrega, solitário, pleno de doçura

Ao cair da tarde, ao ùltimo calor

Nascendo de mim com humana ternura.

 

Vai-se desprendendo com suavidade

Estremece uns instantes ainda oculto

Para logo surgir da obscuridade!

 

Trás olhos de mãe, secreto o encanto!

Súbitamente, aparece um esquivo vulto

Vulnerável, cheio de amargura e pranto.

publicado por rosafogo às 21:56

Quarta-feira, 21 de Novembro, 2007

Lidar de perto com a morte é sempre traumático e infelizmente toda a vida me lembro de ser para mim um problema ao qual sempre tentei fugir. Agora,  finjo encarar  este acontecimento como qualquer adulto, mas fico sempre durante alguns dias após, com fluídos negativos que me transtornam física e moralmente.

Ontem teria sido um dia de agradável passeio com as minhas amigas, senão tivesse  havido ( um acontecimento triste). Assim sendo não há como viver-se dia após dia.

 

 

Palavras repetidas

 

 

 

Meus sentimentos, têm acessos de melancolia

Fica o papel em branco, o verso vazio

Como fica solitário o meu dia!

Transpôr os meus limites, um desafio.

Tudo hoje me desencanta!

Meu cérebro só pensa em coisas loucas

Até meu coração se espanta

Como se a melancolia e a tristeza, fossem coisas poucas.

 

 

Tenho gastos os olhos e as palavras

As mais ousadas, ficam-se pela boca

E assim vão morrer, embora bravas

Fechadas, numa concha oca.

Meu pensamento é uma floresta que arde

Súbitamente, das cinzas vai renascer

Termino o poema antes que seja tarde

e a pobreza de ideias me faça desvanecer.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 20:55

Terça-feira, 20 de Novembro, 2007

A poesia é como uma pessoa que se ama, que às vezes nos atormenta,mas que não deixamos de amar então também se torna arrebatadora e assim não há dia que possamos ficar sem a ler ou escrever.

 

 

O poema é

 

 

Um poema é o espelho da alma!

Um céu donde não se quer sair

Onde a Vida borda à mão, com calma

Ora o choro, ora o riso, do que passou e há-de vir!

Faço silêncio, surge um rumor de palavras,

Mas quem pode fugir do destino?!

Que tem espinhos, como roseiras bravas.

Esquecer tudo, ir para qualquer lugar

Ficar ausente como um menino

que quer, mas não quer brincar!

Este poema é como se não me pertencesse.

Mas tenho o olhar sobre ele atento!

É como se alguém com a minha mão o escrevesse

Porque me sinto desabrigada, sem alento!

Tinha falta de fé e conquistei-a,

mas na minha pequenez não valho nada!

Deu-me Deus uma lição e respeitei-a

Como velho castiçal, fiquei iluminada.

Conseguir inspiração, é conseguir o céu!

Perscuto a alma e necessito estar só

Com uma alegria infindável Deus me a deu,

e agora de mim, não tenham dó.

publicado por rosafogo às 20:06

Segunda-feira, 19 de Novembro, 2007

Hoje chove, está um dia cinzento e ventoso.... daí o meu poema também ele um pouco a condizer com o tempo.

 

 

 

 

Sonhos Sombrios

A minha mente é um mar imenso

Onde a Vida nem sempre faz sentido!

Sonhos sombrios e um vazio intenso

Que fazem da esperança, tempo perdido.

O peito não bate, a voz calada

Perscuto a lembrança e consigo

Trazer à superfície da memória apagada

A saudade, à semelhança dum abrigo.

Envolvida no meu próprio destino

Iludo a realidade e o sonho!

Deixo a maré da mente sem tino

E às vezes choro e não me envergonho.

Vou vivendo até que me deixe o tempo

Contra o destino nada há a fazer

Ficam as lágrimas, surge o desalento

Meu coração é um cavalo a enlouquecer!

E quando o azul do mar da minha mente

Me abandonar nesse imenso mar

Ficarei como folha abandonada simplesmente

E nas lágrimas o alívio irei encontrar.

publicado por rosafogo às 16:52

Domingo, 18 de Novembro, 2007

Súbitamente, encontro-me num lugar onde me sinto  extrordináriamente bem. Falo da minha ída ao (Pavilhão Chinês) em Lisboa pela 1ª vez .Achei surpreendente, muito mais agradável do que os bares que tive oportunidade de conhecer em Londres.Só a minha filha mais nova teria a ideia de me levar a tomar café a um sítio tão bonito!  Obrigada pelo bom momento.

 

 

 

Espelho

 

 

Hoje nada me acontece!

A vida é mesmo uma treta!

Nada hoje me apetece

Nem sequer pegar na caneta.

 

Hoje ao ver-me ao espelho

Dei comigo a pensar!

Será ele que é velho,

ou eu que não quero estar?!

 

Onde estão os movimentos

A graça e a harmonia?!

Os gestos d'outros momentos

Quando eu, era só alegria.

 

Onde estão os olhos verdes

Verdes de tanta frescura!

Hoje olhei ao espelho p'ra eles

E estão como a noite escura!

 

Os meus braços que se queixam!

De já estarem tão cansados

E as pernas que não me deixam

Por tantos passos andados!

 

Olho a moldura ao lado

E pergunto derepente

Porque terei eu mudado

Se sou a mesma de sempre?!

 

Fico parada no tempo

Daqui não quero sair!

Tenho só no pensamento

Muitos caminhos onde ir.

 

Venho caminhando de longe

Hoje me defronto com o espelho 

Mas que ninguém me lisonge!

Tal como eu ele está velho!

 

Neste dia em que nada acontece

E meu rosto está  sem sorriso

Há um frio que me entorpece!

memória do passado, simbolizo.

 

 

 

publicado por rosafogo às 20:08

Sexta-feira, 16 de Novembro, 2007

Derepente,  basta uma frase para nos lembrarmos, ou nos fazerem lembrar que quase tudo passou e que a vida , vale mais se daqui para a frente , fôr mais serena.

 

 

 

Estranhos

Tão apressada a Primavera da Vida

É trovoada de verão, que logo passa!

Chega-se ao Outono com a Alma caída!

É o Inverno que chega e amordaça!

Como pedaço de vidro estilhaçado

Fica a Vida como noite escura!

É uma tristeza, de tão triste ter passado

A Vida a correr, cheia de amargura!

Estranhos, nos sentimos àgua de trovão

Fortes, poderosos, sempre tão esquecidos!

Que um dia pára, não bate o coração!

 

Tão apressada a Primavera da Vida

Custa a aceitar, ficamos deprimidos

Surge então o crepúsculo na mente esquecida.

publicado por rosafogo às 16:26

Hoje vou dedicar um poema à aldeia onde nasci, apesar de ter saído de lá há muitos anos para trabalhar na cidade, ainda recordo todos os cantinhos que fazem parte dela e de mim!

 

 

 

Cheiro da Infância

 

Cheira a terra molhada

Deixa na lembrança a saudade

Do tempo morno, da orvalhada

Quando pelos dedos contava a idade.

 

 

Passa o tempo devagar

Sopa quente, tempo de infância

Lareira acesa, sem atear

Adormecer na inocência.

 

 

 

Fustiga a janela o vento

Na candeia arde a torcida

Estava eu em crescimento

Criança, guardada e protegida.

 

 

Sonho agora, serão lembranças!?

Minha alma é um descampado

Vejo todas as esperanças

E nelas me havia retratado.

 

 

Tenho dentro de mim o cheiro

Da terra que foi meu Lar

Terra que me viu primeiro

Quando acabei de chegar.

 

 

publicado por rosafogo às 16:10

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