Quinta-feira, 25 de Setembro, 2008

Gostava de poder sorrir, ao  ver que meus netos  estão crescendo, sentir que têm hipótese no futuro, que  irão ser felizes, como eu gostava de poder sorrir....

 Vê-los fazer o que gostam,  conseguir as suas aspirações. É certo que estão cheios de sonhos e eu quero acreditar!

 

 

Estas palavras

 

 Estas palavras que surgem do nada

Que eu tenho vontade de afugentar

São semente em mim entranhada

Caída na terra deste meu sonhar!

 

Umas são de luto, outras de festa!

Roídas de desejo no seu despertar

São pálidas defesas, tudo o que resta

Deste estranho hóspede que se atreve a pulsar!

 

Estas palavras, são  o fruto da nostalgia

da Vida, dos anos, do frio das horas!

São instantes livres, entre a tristeza e a alegria!

 

Por vezes esquivas, saídas de escombros

Vestígios de luz da mortiça memória

Enraizadas na alma, um peso nos ombros!

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 21:04

Quarta-feira, 24 de Setembro, 2008

Como já todos fomos inocentes,felizes e ingénuos! Nessa altura não lamentávamos o presente, nem nos preocupávamos com o futuro. Daí o prazer que em certos dias tenho de

voltar â infância, regredir no tempo, ficar no espaço onde  com tão pouco era uma criança feliz., na convivência com os pais, avós, e todos os mais chegados.

Às vezes me lembro do forno de lenha que havia em casa, de onde saía o pão e as petingas

assadas com azeite e alho, assim como duma gaveta em casa da avó onde havia sempre

pão e azeitonas.Nem sonhava o que poderia ser um bife ou um hamburg  assim como também não sabia que um dia ía gostar de fazer poesia.

 

 

Lembro

 

Tudo na minha memória

Onde o Outono, já gasta os dias

Lembro as tardes de chuva.Sombrias!

Também as nuvens do teu Céu!

Tudo lembro, quando o teu céu era o meu!

 

Agora que o tempo cansa!?

E o coração é como um velho soalho!

Só a memória ainda alcança

Tuas madrugadas de orvalho.

 

Tudo na minha memória

No tempo já um pouco perdida!

O crepitar do lume, o vagar das horas

As gentes cansadas do duro da Vida!

 

Na memória vives, no meu coração moras!

 

À aldeia das Lapas- minha aldeia

publicado por rosafogo às 20:50

Terça-feira, 23 de Setembro, 2008

 

 

Já o sol se põe na linha do horizonte, mantém ainda a beleza do colorido no céu, mas prepara-se para nos trazer serenamente o  Outono.Assim todos temos como em tudo na Vida de estar preparados para uns dias mais tristes,mais cinzentos a trazer-nos alguma nostagia e saudade dos que nos vão deixando para sempre. Depois de alguma ausência

vou deixar aqui dois poemas um dos quais ainda nem reli, mas acho belo.

 

 

 

Ao rés de mim

 

Não sei se sou a  presa

ou sou a aranha!

No final de Vida que me apanha!

Seja a teia talvez o começo

Onde me enrolo e onde tropeço.

 

Eis quando me vejo

sem regresso!

 

Ao rés de mim,  já tudo escuro

só oiço um grito!

Serei a presa, ou a teia habito?

É o final, afinal duro!.

 

Já tanto me faz!

 

Sucumbi às palavras que passam nas minhas

horas!

Esqueci a solidão, envelheço em paz!

Há noites, que me perguntam, porque choras?!

E eu sinto uma demência triste, já tanto se me

faz!

 

Às vezes olho o Céu e gozo de liberdade

Meus passos são lentos e não lhe sinto o peso!

Meus olhos abertos morrendo de passividade

Agonizam os sonhos, mas eu ainda rezo!

 

Já tanto se me faz!

Fiquem as palavras, por aí à toa

Quero envelhecer em paz!

Quero a memória livre como borboleta

que voa!

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 21:51

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