Sábado, 31 de Janeiro, 2009

Hoje ao ler uma mensagem enviada por uma amiga intitulado « Não tenho idade tenho vida», fiquei a magicar! Pensei, como na verdade foi bom ter chegado até aqui, foi uma conquista, no entanto quanto ao futuro de facto atemoriza-me a compaixão e o ser tratada como uma coisa a pôr de canto.Mas é maravilhoso chegar aqui e ter disponibilidade de

tempo para passear, escrever, ler muito e também mais tempo para os que me rodeiam e que por agora me acarinham. Concluíndo, não é assim tão mau ir  andando!

 

Meus Passos

 

Foram felizes meus primeiros passos!

Felizes, com sorrisos e abraços

Meus ùltimos passos como serão?!

Haverá sorrisos?! Abraços?!

Ou apenas solidão?!

 

Na minha estrada, envolta em medos

Há um frio que me gela os sentidos!

Passos  futuros, me trazem segredos

Onde meus sonhos ficarão perdidos!

 

Foram felizes meus primeiros passos!

Mas deles meu coração se afasta

Haverá sorrisos?! Abraços?!

Ou apenas Vida gasta?!

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 23:03

Quinta-feira, 29 de Janeiro, 2009

Hoje estou decidida, e quando há vontade, não há que arrepiar caminho, assim sendo, vou

deixar aqui um poesia que fiz há muito tempo atrás. Em geral, ponho sempre o poema mais recente  por me parecer o melhor, ou o que mais se coaduna com o meu estado de espírito.

 

Deixo também, agora que estou a ler «Ficções do Interlúdio »

de Fernando Pessoa, uma quadra deste poeta que eu acho divina

 

O poeta é um fingidor

Finge tão completamente

Que chega a fingir que é dor

A dor que deveras sente.

 

 

Fruto Ruim

 

A Vida é osso duro de roer!

É fruto danado de ruim!

Mil sonhos hão-de morrer

E logo morro eu por fim!

Plantei rosas, colhi espinhos

Foi Primavera no meu jardim

Dei abraços, dei carinhos

E a Vida esqueceu de mim!

 

Sonho obsessivo onde regresso

À fonte clara que me deu Vida

Onde havia sol e era o começo

Deste fim, onde me sinto perdida!

A Vida é agora àrvore que se inclina

À desabrida força do vento

A querer afastar-se da sina

E a deixar nómada o pensamento!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 21:57

Segunda-feira, 26 de Janeiro, 2009

Às vezes não se sabe onde ir, nem o que fazer. Estes são os dias tristes! Até esta minha mão que alegremente costuma pousar no papel, hoje sente, não ser esse o seu papel.

 

Dia Tristonho

 

Hoje o dia, triste, nasceu!

Trouxe murmúrios do vento

A solidão em mim cresceu

E choveu mágoa em meu pensamento.

Nasceu o dia implorando

chorando de tanta nostalgia

E eu de tristeza chorando

Por ter perdido, mais um dia!

 

Pouco importa ser ou não ser

Triste, fico a  vegetar em mim

Hoje me divido, não quero saber!

Nem ao que estou, nem ao que vim.

publicado por rosafogo às 21:44

Domingo, 25 de Janeiro, 2009

Cheguei à aldeia e foi o desânimo, todas as plantas estavam queimadas das geadas, até as recolhidas se perderam. Não restava nem uma flor no jardim até as mais resistentes tinham morrido, tudo parecia pedir ajuda. Quando  habituados que estamos a mergulhar

a vista num mar de flores de cores variadas, viçosas ,alegres, parecendo estar à nossa espera, ontem foi uma tristeza, tudo estava sem vida.

 

Àguas passadas

 

Cansei  de tantos passos caminhar

Quebrei meus braços, de tanto embalar

Deixei meus olhos num pranto de mar

E agora no silêncio, dou comigo a recordar!

 

Deitei mãos à vida, sonhei! E a sonhar

Cheguei cansada, de tanto me dar!

Esperei, desesperei, a sorrir e a chorar

Vi a vida passar...

Agora é seguir, e o meu querer sustentar

Àguas passadas?!Uma outra a renovar!

Sou agora ,um canto novo de esperança a realizar.

 

 

publicado por rosafogo às 20:15

Quarta-feira, 21 de Janeiro, 2009

Hoje, cantei até a voz me doer.

Foi mais um dia agradável, onde o grupo procurou manter a animação.Num convívio alegre

e saudável  fomos até Constancia , visitámos a Igreja Matriz, o Museu dos Rios,percorremos a vila a pé e o almoço foi  junto ao rio Zêzere no restaurante Trinca Fortes. Regressámos cantando.

 

Deixem-nos  Sonhar

 

Apressados no caminho, não demos conta

Esquecemos de viver

A Vida já vai a uma ponta!

E volta a dar, já não vai ter!

Juntam-se então as pontas soltas

Caímos à porta da solidão!

Com tantas ídas e voltas

Onde ficou o coração?!

Talvez haja, ainda uma janela aberta

Ou uma porta  prestes a fechar?!

Então o pensamento fica alerta

Para a oportunidade não escapar.

 

E na solidão pensamos!?...

São estes os custos de viver!

Mas porque a Vida ainda amamos!

Valeu a pena, há que vencer!...

Mesmo já gastos para voar

Às vezes por dentro e por fora

Fantasiemos, deixem-nos sonhar!

Que a hora, ainda é a nossa hora!

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 21:32

Sábado, 17 de Janeiro, 2009

As palavras, são sem dúvida bálsamo, para acreditarmos e seguirmos em frente.

 

Hoje vou deixar uma poesia há muito escrita, mas que eu achava inacabada, porém ao

lê-la de novo creio que diz tudo, no fundo é um desabafo, talvez uma queixume.

 

Poema triste

 

Já de pranto molhado,

meu rosto eu quero esquecer

O ânimo tenho cansado

Deixo o espelho não quero ver!

Que espanto, com que desdém!

Ao meu rosto faço censura

No espelho?! Não vejo ninguém!

Onde havia Sol é noite escura.

 

Quero ficar de mim  esquecida

E  que ninguém tenha pena!

A vida pregou-me a partida

Seco as lágrimas, fico serena.

publicado por rosafogo às 21:41

Sexta-feira, 16 de Janeiro, 2009

O tempo não pára e atropela tudo quanto nos é querido.Agora que a Vida já vai a jusante, recordar o nosso rio desde a nascente é bom, apesar de termos que lembrar também

dos episódios menos felizes.Eu sou muito feliz quando volto às raízes, quando me encontro

com os rapazes e raparigas, companheiros dos meus verdes anos. Regresso sempre na esperança de voltar a vê-los e de festejar com eles mais um ano de vida.

 

Hoje talvez  fosse a saudade que trouxe consigo esta poesia

 

E o tempo acenando

 

O tempo perde-se, a vida pouco dura!

Mas a Vida assenta no tempo que resta

Na memória, lembranças plenas de ternura

No final deste trilho, nem todo ele de festa.

 

Das coisas partilhadas

Dos passos que juntos demos

Houve choros, também gargalhadas!

 

Tempo ganho, tempo perdido

Fomos à fonte bebemos!

Do real, irreal, desmedido

 

Amámos, perdoámos e tudo o tempo levou!

Num recondito da memória ainda sentida

Rasgaram-se feridas e tudo o tempo sarou!

Mas agora acenando não retarda a partida.

 

 

 

publicado por rosafogo às 16:01

Quarta-feira, 14 de Janeiro, 2009

Hoje visitei o museu do neo-realismo da simpática cidade de V. F. Xira, com alguns colegas

aposentados da Seg.Social. Um passeio agradável, não fosse o nevoeiro que se instalou,

e teria sido um dia bem ao jeito. Ouvir falar sobre diversos escritores , pintores e fotógrafos

deste período foi bom, deu para ficar c/ mais alguns conhecimentos.

 

Esta palavra " Amor"

 

Esta palavra Amor

Quando se ama, nada está fora do lugar!

Há sensações, sabidas de cor

Viver amando é pois sonhar!

Quando se ama, os desejos coexistem em harmonia

Unem-se os sentidos e os corpos em liberdade

Há palavras ditas com doçura, dia a dia

E no limite surge um prazer de verdade.

 

Amando, rasga-se a solidão

Galopam os dias e é sempre Primavera!

Sente-se o pulsar agitado do coração

É o  abandono ás mãos de quem se espera.

publicado por rosafogo às 22:23

Terça-feira, 13 de Janeiro, 2009

 

Hoje o dia rendeu mais, aproveitei a tarde para visitar a Casa do escritor Fernando Pessoa,

ouvir uma pequena palestra sobre a vida e obra e tive pena mas o tempo não deu para mais.

Gostaria de  ter ouvido declamar alguns poemas seus, mas para mim não foi possível.

Tenho lido muito, prosa e poesia, mas confesso que deste escritor não sou muito conhecedora.Penso acerca dele que teve uma vida intensa e breve.

Lembro agora duma quadra de Fernando Pessoa:

 

O meu sentimento é cinza

Da minha imaginação

E eu deixo cair a cinza

No cinzeiro da razão.

 

Mais um dia

 

 

Mais um dia na minha vida

É mais um dia sem Sol

A alegria anda distante, perdida

Assento as mágoas num rol.

 

Mais um dia há que viver!

Assim Deus quer e é meu rumo

Relembrar vou, para não esquecer

Ou a recordação desfaz-se em fumo!

 

Mais outro dia, eu desatenta

Passa por mim, passa e não volta!

Mais um sonho que se inventa

Mais uma promessa à solta.

 

Outro dia frio e triste

Pôs- me a alma desagasalhada!

 De chumbo, meu coração não desiste

Mesmo sem Sol, a vida quer ser amada.

publicado por rosafogo às 20:17

Terça-feira, 06 de Janeiro, 2009

Estou a ler Lord Byron, poeta e escritor inglês, trancrevo uma frase dele: Os espinhos que

colhi são da àrvore que plantei.

É bem verdade, colhemos o que semeamos sem dúvida.

 

Depois dum café bem forte, esfrego as mãos porque está frio, e sento-me a escrever mais

uma poesia.

 

Neste poema naufragado

 

Ninguém me pergunta se hoje estou triste?!

Porque chego com meu passo cansado?!

Que náufrago é este que existe

Neste poema naufragado?!

Ninguém me pergunta porque sufocam meus ais?!

Porque do vazio, não consigo sair?!

Que coração é este que bate demais

Neste poema, atoleiro do meu existir?!

Ninguém me pergunta onde vou, nesta viagem indizível?!

Porque trago meus olhos, toldados de tristeza?!

Que abandono é este impassível?!

Neste poema que morde o silêncio e a incerteza.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 20:56

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