É bom recordar os cantinhos da minha aldeia, os dias de sol e os dias de chuva. Sentir ainda o gosto de meter os pés nas poças de água ou mergulhar na água fria do rio, o fascínio de subir ás àrvores para bisbilhotar os ninhos, atravessar o rio pelo açude.....
Ainda conservo na memória todos os becos e vielas estreitinhas, ainda vejo meus companheiros e seus rostos alegres, alguns sujos de comer a fruta directamente da arvore
outros descalços, pés no chão até no inverno, a única coisa boa a brincadeira saudável que
nos ocupava o tempo.
E ainda hoje a aldeia me presenteia com a sua beleza, com lugares idílicos, onde tive uma vivência profunda.
A minha aldeia
A minha aldeia
Tem só três ruas!
Todas as outras são ruelas
Quantos sóis, quantas luas?!
Quantos amores despertaram nelas.
Quantos pares de namorados
Quantas palavras e compromissos
Quantos braços bem abraçados
Aguardando a noite e seus feitiços
A minha aldeia
Tem só três ruas!
Todas as outras são ruelas
Nos meus sonhos,minhas mãos nas tuas
E nas ruas, procissões e velas.
Agora conto o tempo e a idade
Com emoção singela lembro os dias
Mergulho meus sonhos na saudade
E vivo agrilhoada de nostalgias.