Terça-feira, 31 de Março, 2009

 

Peguei na minha máquina fotográfica pela manhã, caminhei pelo campo na expectativa de tirar boas fotos ás flores.  Assim decorreu o meu dia, fui até ao Alentejo, andei por Pavia, Arraiolos, Évoramonte, Azaruja etc. Almoçei na Azaruja, onde se come maravilhosamente, mas onde se paga melhor, depois de almoço teimei que havia de visitar o palácio do Conde da Azarujinha que é de construção neo-clássica e ao lado tem uma bonita capela do mesmo estilo, nunca pensei ver um palácio tão bonito numa povoação tão pequena. Dali fui em busca dumas antas que há por  perto, mas não descobri.Descobri sim campos de (lírios do campo) lindos tantos, tantos que fiquei deslumbrada eu que pensava que eram amarelos, não senhor são lilases.Depois eram tantas as giestas com tanto odor que fiquei com dor de cabeça, tirei algumas fotos e desisti das antas, regressei ao meu jardim onde os cheiros a flor de laranjeira  também não eram menos intensos.Findei o dia com o nariz entupido, mas feliz, todo ele passado ao ar livre.

Costuma dizer-se que galinha do campo, não quer capoeira e é isso mesmo que eu sou!

 

Sonhos

 

Sempre dentro da alma noite e dia

Sonhos sem asas, quebrados ao abandono

Que vivem dentro de mim, são talvez fantasia|

Ou sortilégio que me tira o sono.

Meu coração, longe, deixa seu bater

Companheiro já velho do meu caminhar

Tanto Amor deu e dará enquanto viver

É cantaro de sonhos a transbordar|

 

Teço silêncios, já me esqueço

Do que são recordações, sonhos ou realidade

De quando em quando ainda me reconheço

E deixo entrar em mim o feitiço que é a saudade!

Resta em mim a ternura dum tempo feliz

E todo o amargo doce do meu sentir

Palavras, que a minha ingenuidade me diz

Para deixar ao  tempo que há-de porvir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por rosafogo às 20:56

Sexta-feira, 27 de Março, 2009

 

Para merecer este prémio sobre o romantismo, resolvi fazer um poema sobre o Amor.

Este , foi, gentilmente o ferecido pela minha amiga Mª João, do Blog PoetaporKeDeusKer,

como devem calcular fiquei feliz, e fica aqui a minha prova de gratidão.

O Amor de quando em quando tem de ser soprado com a alma, para  assim termos direito á nossa fatia de ternura, para nos sentirmos vivos.

 

 

Poema ao Amor

 

Quem não crê no Amor?

Alguém?!

Anda no ar o Amor!

Nada o detém!

Embriagante, roubador

Numa solicitude espaventosa

Abre com a beleza duma rosa

Fulgura, cria raízes

Mas chega o tédio e na partida

Deixa ficar cicatrizes

E uma dor sentida.

 

Nasce súbito em qualquer lugar

E é eternidade das eternidades

É saudade das saudades

É dizer adeus e voltar

E é único, é mágico é cor

É assim o Amor!

Harmónico, radiante

A um paraíso semelhante.

 

É  anseio

Fruto pleno

Enrola-se a nós como enleio

Ora é louco ora sereno!

 

Amar, é sonhar!

É impeto dentro do peito

É uma  sombra iluminar!

Revivê-lo, ainda é meu jeito!

 

 

 

 

 

 

sinto-me: Feliz
publicado por rosafogo às 19:10

Terça-feira, 24 de Março, 2009

 

 

 

 

  

 

Hoje chegou o dia de dar um arrumadela nos livros soltos por aí, então como sempre faço

vou  folheando ora um, ora outro antes de o colocar no seu respectivo sítio. Acontece que ao

abrir  um  de poesia me apercebi que o poeta tinha pavor da velhice e então escreveu:

 

«Para que a receias, pois, e te lastimas?

O varão forte vence a dor, não chora;

Volta ao violão jucundo, às tuas rimas

 

Volta a viver antigo, sem demora;

Que quanto mais da noite te aproximas,

Mais te aproximas do explendor da aurora!»

 

Sempre esta realidade atroz, que nos persegue, tantas vezes eu volto a viver antigo, para esquecer a crueza da relidade.

 

Coragem

 

A frialdade da vida põe-me assim algemada

Até o coração bate com rítmo estranho

Sente o pesadelo da  já longa caminhada

E finge não doer, mas a dor não tem tamanho!

 

Nas garras do tempo me vou deixando prender

Meu olhar ressentido, lembra tempo de vanglória

Resta o tempo de procurar réstia de prazer

Na míngua dos recessos da memória

 

Quando vier  a voz do vento

No meu peito haverá paz

Esqueço o tempo e o lamento!

 

Tal como o vento não se deixa prender

Assim terei coragem, vou ser capaz!

Nada me levará á força, de pé quero morrer!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me: forte, contente, viva
tags:
publicado por rosafogo às 18:23

Domingo, 22 de Março, 2009

 

Hoje , não tinha destinado postar o que quer que fosse, mas como o serão é longo, sempre  resolvi fazê-lo,  também  porque a minha necessidade de escrever um pouco... é (muita).

Ás vezes é bom andar sem destino, caminhar um bocadinho só com as nossas lembranças

a puxar pela memória, sinto-me bem quando a isso me disponho.Ficam os pensamentos leves, não ligo ao que as pernas ás vezes reclamam e volto a sentir-me mais jovem.

Assim não consigo refrear este impulso e vou voltar lá atrás no tempo.

 

É bom sonhar

 

Deixo rolar uma lágrima sobre o papel

Manchando o sonho que descrevia

Lágrima gotejando sobre a minha pele

Sonho que deixei para tráz um dia!

 

Hoje ao abrigo dos meus sentimentos

Escrevo levemente numa folha de rosa

Deixo minha mão ser levada p'los ventos

E escrevo sobre a minha meninice gostosa.

 

Esqueço o tempo. Dele perco a noção!

Fico lá, alegre, brincando ás escondidas

E vou saltar á corda ligeira, com emoção

E na mão, tenho as malhas preferidas.

 

Agora, brinco de mãos dadas na roda

Soquetes brancos, coração explodindo

Livre como pássaro, nada me incomóda

Quero ficar, deixem-me, estou pedindo.

 

 

Ficar neste tempo, ameno, transparente

Sonhar, poder de pés descalços  andar

Que felicidade a deste dez reis de gente!

Princesa, só com a aldeia p'ra morar.

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me: O Sol
publicado por rosafogo às 21:03

Sexta-feira, 20 de Março, 2009

 

De quando em quando, fico triste, porque o não saber ou seja a ignorância é uma coisa tristonha. Eu quero aprender, ao ver fazer tudo entendo, depois de ficar sózinha, tudo se me varre da memória. Por vezes assento tudo no caderninho de notas, mas nem assim por isso

eu acho que é mesmo da idade, outros acharão que é muita informação duma só vez.

É que vejo tudo tão certinho nos outros blogs dos meus amigos e tristemente no meu há

sempre qualquer coisa que falha.

 

Hoje Sou

 

Hoje sou um triste castelo em ruína

Não resta pedra sobre pedra. estou ruindo!

Este tempo que os meus alicerces mina

É como um raio que não perdoa, vai caindo.

Hoje sou um velho castelo solitário

Sereno onde o tempo velho se faz sentir!

O  vento louco duma Vida  pouco solidário

Fazendo de muralha dura, que não quer ouvir.

 

Cai sobre mim negra tempestade

Ficou comigo só um estranho amor

E tanta emoção de poeta da saudade

Que  canta, até ter na fronte gotas de suor.

Onde floresceu Vida e foi Verão

É agora sombra dum vasto arvoredo

Estéril  já de amor e de paixão

Desfeito o coração e  com a alma a medo.

 

 

 

 

 

sinto-me: desmemoriada
publicado por rosafogo às 21:57

 

 

Com este desafio que me foi proposto pelo amigo AmadordoVerso e que se propõe falar sobre 3 aspectos positivos e três negativos acerca dos vizinhos, fiquei a pensar que sei muito pouco acerca dos meus , dado que dos primeiros só devo restar

eu.

De qualquer modo é com o maior gosto que vou fazer o questionário.

 

Aspectos positivos:

 

1- Ninguém se mete na minha Vida.

 

2 - A vizinha do 7ºD é como uma filha, presenteia-me, quando não espero e eu

      reparto o almoço c/ ela porque está sózinha.

 

3 - Como habito o último andar, ninguém me incomoda c/ saltos altos ou outros

      barulhos e eu procedo igualmente em relação aos de baixo.

 

Aspectos negativos:

 

1 - O vizinho do 8ºD, durante anos ,fez tanto barulho que era necessário a

     da polícia, agora enviuvou, ficou simpático e passam- se semanas que não se vê

      nem se ouve.

2 - O vizinho do 3ºD, tem um cão de raça feroz, que já tem feito arremeso contra

      alguns condóminos, avisado do ançaime, faz de conta.

 

3 -  Os restantes, são muito pouco dados, bom dia não se ouve e sempre me

       arrependo de lho dar primeiro.

 

        E assim vamos vivendo na santa paz!

       

 

 

        Eu vou propor o desafio apenas  á minha amiga Mº de Jesus do Blog

 

        

         www.sentidamente.blogspot.com

        

  

 

 

lindo e interessantíssimo

sinto-me: Aflita
publicado por rosafogo às 21:42

Quinta-feira, 19 de Março, 2009

 

É tanta a delicadeza deste mimo, que me foi oferecido pelo amigo do blog AmadordoVerso

que me fez lembrar uma poesia que fiz á minha neta quando esta tinha oito anos para ler numa festinha da sua escola, precisamente por falar de flores e bichinhos que esvoaçam á sua volta.Por isso para além do agradecimento sincero por se ter lembrado de mim , vou também  dedicar  este  post á miúda que agora tem dez anos e se julga uma senhora.

 

O Meu Jardim

 

P'la manhã nasce o Sol

Aquece toda a Natureza

E logo o Sr. caracol

Aparece, com toda a ligeireza!

 

No jardim surge a fadiga

Uns rastejam, outros esvoaçam

E logo a Dª.Formiga

Diz bom dia aos que passam

 

Alegre o Sr. Sapo

Coaxa a manhã inteira

Arfando ao Sol o seu papo

Com alegria verdadeira!

 

D.ª Abelha que é mestra

Percorre todas as flores

Dª.Cigarra dorme a sesta

E depois canta aos amores!

 

Que aflição ali vai!

D. Gafanhoto saltou!

Foi ver, quem deu um ai

Quem a Minhoca devorou?!

 

D. Grilo de preta asa

Deixou logo de cantar

Vendo  pousado na salsa

Um passarinho a chilrear!

 

Dª.Aranha que é esperta

Vai tecendo a sua teia

Cai um incauto, está certa

Que já tem a sua ceia!

 

É noite, já todos dormem

Só D. Morcego procura

Chega a Lua e chega bem

Cobre-os a todos com ternura.

 

Me perdoem os amigos da poesia, espero não me levem a mal, porque hoje o serão é para crianças.

 

 

 

sinto-me: feliz, criança, flores,
publicado por rosafogo às 22:40

publicado por rosafogo às 22:25

Terça-feira, 17 de Março, 2009

 

Venho singelamente responder ao desafio proposto pela amiga do blog poetaporkedeusker

cujo desafio é postar uma poesia sobre Confiança.Só agora o faço por ter estado ausente, mas pela estima que lhe tenho aqui lhe deixo a minha modesta participação, com os agradecimentos  pela amizade.

Decerto que a confiança é muito problemática, nem sempre se pode confiar, mas eu sou

demasiado confiante, penso sempre que não me farão a mim o que não seria nunca capaz de fazer, que é trair, mentir ou pisar alguém em proveito próprio, e segredo que é segredo

morre em mim.

 

Confiança

 

Ter esperança é confiar na Vida

Confiança é semente em chão arado

Sem esperança a vida anda um pouco perdida

Confiar é ter alguém do nosso lado.

 

Confiar é partilhar sentimentos

É ter uma ancora de esperança e amizade

Repartir os bons e os maus momentos

Soltar os pensamentos, confiá-los em liberdade

Confiança é a abertura do nosso Eu

Na esperança de se ser ouvido sem medos

Jamais  traído , se  nossa amizade se deu

A quem confiámos nossa vida e segredos.

 

Confiar é ter um porto de abrigo

É descarregar um fardo, poder contar

Com aquele que julgamos nosso amigo

Que nos ouve, e que nos pode ajudar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 23:59

 

 

Bonna sera, aspeto che siette tutti bene

 

É agradável voltar de novo ao convívio dos amigos, depois de uns dias ausente. Cheguei

tarde e um pouco cansada, porém ainda os visitei a todos e deliciei-me com as vossas

sempre bonitas poesias, mas devido á hora já não comentei, farei isso amanhã, com a cabeça mais assente. Adorei chegar e ter comentários de tanta lisonja. Grata a todos, com o

desejo de que se encontrem óptimos.

 

Hoje no avião, procurei um pouco de inspiração, mas não deu para muito mais que isto,

vinha sem título mas vou dar-lhe-o agora

 

Viagem

 

Minha alma parece querer voar

Nos meus olhos trago  saudade

Minhas mãos prontas para se dar

Embora numa profunda imobilidade

Meus sentidos rumam a um mar sereno

Navegam em águas de tranquilidade

São eles arco-íris em espaço ameno

Onde o verde esperança é a tonalidade

 

E é neste mar profundo onde navego

Onde aparentemente não existe solidão

Que minha alma se acalma e eu sossego

E encho  duma luz nova meu coração

Minha boca que de fogo é ainda feita

Tráz com ela o desejo, feito melancolia

E a minha mente ainda se deleita

Vivendo o amor, e a vida por mais este dia.

 

 

sinto-me:
publicado por rosafogo às 00:38

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