Regressei da viagem à Polónia, onde caminhei muitas dezenas de quilómetros a pé, para conhecer tudo quanto foi possível, numa semana. Visitei Varsóvia, Cracóvia e os campos de
concentração de Auschwitz. No regresso fizémos escala em Frankfurt, e tivémos tempo para visitar esta cidade. Éramos seis amigos e tudo correu muito bem, e já no regresso fomos planeando a próxima. Nesta o que mais me agradou foi a cidade de Cracóvia, que é linda,
Auschwitz que me impressionou e me levou ás lágrimas. Por fim visitámos a mina de sal
de nome Wieliczka, descemos a 327 metros de profundidade e é um deslumbramento tem um salão enorme onde toca uma orquestra inteira, uma igreja, uma capela, lojas várias restaurantes e entre outras coisas faz -se concertos, bailes, banquetes, exposições, cerimónias de casamento, conferências etc. É fenomenal, tem imensas esculturas, e é património Mundial. Em Varsóvia visitamos imensas catedrais, museus, todos os memoriais da 2ª Grande Guerra, parques maravilhosos,os jardins saxónicos,assistimos a um concerto nocturno com música de Chopin e apreciámos também a comida polaca.
No domingo de Páscoa havia tanta gente na rua e as catedrais estavam repletas de polacos com cestinhas de comida para serem abençoadas, reparamos que este povo é muito católico e a juventude está presente nestas manifestações de fé. Muito mais teria para contar, mas fico por aqui. Espero que os meus amigos se encontrem muito bem.
Vou deixar hoje uma poesia feita já há algum tempo, pois ainda estou um pouco fatigada
ou seja ainda não assentei arraiais, como é hábito dizer-se.
Num beco silencioso
Quando a saudade é forte
E nos humedece o olhar
Bate o coração á sorte
Feito marulhar do mar!
E é sempre com o mesmo ardor
A mesma esperança tenaz
Que por felicidade e Amor
Se luta, até se ser capaz!
Não sei o que hoje me leva a escrever?!
Talvez o deixar-me encantar?!
Talvez por mais jovem ser
Do que a idade me quer deixar.
Tudo o que sei aprendi
Lendo muito na minha solidão
De tanto ler decidi
Dizer não!
Aos pensamentos, cor de carvão.
E soltar meus ais do beco silencioso do coração.
Quando eu morrer?!
Não restará reflexo de mim
Ninguém meu nome irá ler
Descansarei do Mundo por fim !
Nenhum nome, nenhum traço
Só o silêncio triste do cipreste
Que ali bem perto a um passo
Será minha sombra agreste.