do Blog Planeta SOL- Obrigado
Todo o dia me divido em alegria e tristeza, ora assaltada por uma ora por outra. Hoje sinto o mundo a palpitar á minha volta, mas o meu pensamento está para além... surgem os medos que pouco têm a ver com o poema que vou postar, têm mais a ver com as vidas incertas, demasiado vazias, tão sem planos, daqueles que me são directos. E então surge uma sensação de frio, onde eu não consigo fazer crepitar o lume que teima em se apagar.
Tudo isto já por causa da malfadada crise.
Não sei nada de mim! Ai de Mim!
Não sei nada de mim! Ai de mim!
Já não ouço nem o som dos meus passos
Estou em queda livre, vou chegar ao fim
E a Vida já é feita de cansaços!
Olho para trás, já tudo é miragem
Pareço faroleiro, olhando tempestade
Subi ao cimo, a Vida foi passagem
Sou agora, um mar encapelado de saudade.
Não sei nada de mim! Ai de mim!
Perdi o leme!? Como foi que aconteceu?!
Rude esta viagem a chegar ao fim
Perdi o tempo ou foi ele que me perdeu?!
Fiquei com a vida envolta em bruma traiçoeira
Tristeza me foi deixada em testamento
E aquela coragem, aquela esperança, a derradeira
Está ausente,!Perdi o sonho, perdi o momento.
Não sei nada de mim! Ai de mim!
Cresce cá dentro uma saudade infinita
Como foi que aconteceu e se fez negro assim?!
Se ainda há pouco havia uma paz bendita.
Surge-me agora a distância mínima do fim!
Não sei nada de mim! Ai de mim!
Sou uma frágil sombra no Mundo
As veias que ainda vivem, pressentem o abismo
Obscuro, inimigo, meu inimigo profundo.
E eu que nada sei de mim ,cismo!
Fico sentinela disposta a vigiar
O tempo turbulento, que em meu coração habita
Que me ameaça destruir, arrastar
Mas que a minha palavra, não aceita, nem acredita.