Mimo da minha querida Poeta Mªa João do
BLOG POETAPORKEDEUSKER, obrigado amiga pela gentileza.
Como leitora daquilo que escrevo, humildemente atrevo-me a dizer que gosto muito, mas nem assim a insegurança é menor, sempre com medo de aqui colocar a poesia.. É como se aqui fosse uma sala de teatro onde eu sou o actor representando o papel de poeta, exigindo de mim que não falhe .Como leitora noutras paragens, emociono-me com o que leio, acho sempre maravilhoso, porque a poesia para mim é magia. Pergunto será que
a insegurança é defeito de se ser poeta?! Também aos poetas, peço desculpa por me considerar um deles.
Regresso sempre ao poema
As palavras vão nascendo sem destino
Companheiras constantes na noite que dura
Saem prodigiosamente da minha boca e são mimo
Que eu semeio e colho com ternura.
Irradiam luz, são claras como água!
Ajustam-se ás alegrias e ás tristezas
Dizem não haver só felicidade, também mágoa
Acompanham-me nos dias felizes e nos de incertezas.
De insónias e do silêncio, são surgidas
Da erosão da memória, que já se aquieta.
Do santuário do meu íntimo saem polidas
Palavras mágicas sonham poesia e o poema é sua meta.
Nelas já não ouço a toada do meu canto
Nem vejo a alegria do meu olhar
Ao rio feito saudade entregaram meu pranto?!
Ás montanhas o meu eco foram levar?!
Misteriosa pandora que trago comigo
Obsessão, que teima em não desarredar e me alucina
Caixinha, pronta a guardar o tempo que é meu inimigo
Também a coragem, sem coragem que é minha sina.
Regresso sempre ao poema, como se fosse meu cais
Aqui neste lugar, de parir poesia na despedida
Já ouço os trovões, mas apesar dos temporais!?
Farei com que o barco, volte sempre ao ponto de partida!