Terça-feira, 29 de Setembro, 2009

 

 

Hoje tenho que pôr as fotos que me restam e que não têm a ver com a poesia nem com

o que vou contar-vos, mas para não parecer um deserto, deixo os anjos aqui descansando,

por sinal, um também tem vontade de vos escrever, É que nem sequer os consegui pôr de pé, tirei estas fotos em Praga e não sei porque ficaram assim deitadas, não há dúvida que é defeito da fotógrafa.

 

Bem , há algum tempo que não venho postar, o tempo também não tem sido muito,

e ando muito desgostosa, pois me desapareceu o meu Jimy , para os amigos a quém nunca dele falei, direi que era um gato que tinha há dois anos e que era como uma criança,

dócil, meigo, brincalhão, amigo  de se meter dentro de tudo quanto era saco, mala de viagem, e que agora alguém levou dentro de algum saco, pois já fez 11 dias que desapareceu aqui do portão da casa e nunca mais deu sinal. É triste, pois tanto carinho lhe

demos, e agora nada sabemos e claro sentimos-lhe a falta.

 

Esta poesia que vou deixar, é um pouco triste e fala da minha terra.

 

Hoje nada tem harmonia, nem as fotos, nem a conversa e nem por fim a poesia, mas

Como vou estar ainda esta semana aqui na aldeia pouco mais posso fazer, porque ainda

estou muito crua neste mexer, neste ir buscar, tirar daqui, pôr dali., estou sempre precisando de ajuda.

 

 

SAUDADE

 

Há nos meus versos saudade

Poeira no meu olhar

E eu sinto  em profundidade

A ferida que não quer sarar.

Passa o vento p'los figueirais

Chuva miúda, terra molhada

Já se foram os demais!

Gastos! P'la caminhada.

 

Meu coração é quem  escreve

No teu chão ainda pisado

Que a terra lhes seja leve!

A tantos que hei  amado...

Minhas palavras gastas estão

São já  acessos de melancolia

Sempre  leio na minha mão!?

Que um dia voltarei a ti. Um dia!

 

 

 

 

sinto-me: instável
publicado por rosafogo às 20:05

Sábado, 19 de Setembro, 2009

 

Estas duas fotos foram tiradas numa cervejaria e restaurante  em Praga, toda ela decorada  com Arte Nova.

 

No andar de cima, havia um salão de concertos, com uma escadaria  enorme,

com paredes lindamente decoradas, mas como foi ao jantar e as luzes faziam reflexo,

não aproveitei muitas das fotos tiradas, que eram uma maravilha, se tivessem ficado boas.

 

Agora e ainda na aldeia, pensei  hoje vou ter a coragem de postar um soneto, que já postei no Luso e  posso dizer foi bem recebido.

Faço alguns sonetos, mas estou sempre apreenssiva com a métrica, pois não sei nada

dessas regras, apenas os faço ao meu jeito, como aliás toda a poesia, faço-a com a

alma que me  dita assim.

 

 

Já de ti meus olhos partem

 

Na hora de acordar não estás comigo

Sombrios meus olhos coalham de tristeza

Vive meu coração ao acaso, sem abrigo

Emparedada minha alma, em teu lugar incerteza.

 

Triste desígnio que provoca em mim fronteira

Me faz ameaças, me põe algemas nos braços

Perturba minha caminhada, só há já canseira

E tua ausência Amor?! A dávida dos abraços?!

 

Que ninguém olhe mais meus olhos, feitos rio

Nem meu rosto onde o sorriso ficou embaciado

A dor gasta, faz moer, trago a vida por um fio.

 

Queria eu  que sentisses a dor do abandono!

Agudos espinhos e solidão no peito desolado

Das rajadas geladas... da partida do Outono.

 

 

Sta Justa 21 h -18/09/2009

 

 

 

 

 

sinto-me: flor do campo
publicado por rosafogo às 21:39

Quinta-feira, 17 de Setembro, 2009

 

As fotos foram tiradas na minha viagem à Suiça, a ùltima tirei-a do cimo da montanha, ficando lá em baixo a Vila à beira dum maravilhoso lago. Foi uma viagem de sonho, pois

o familiar que fazia os seus cinquenta anos nos proporcionou este espectácculo de paisagem com a neve brilhando, espelhando-se no lago .Este local fica a 150 km de Milão.

Não me resta alternativa, estou na aldeia e só me restam estas fotos aqui prontas para

colocar.... a falta que me fazem os netos! Ainda não aprendi!?

 

Ansiedade

 

 

Chove nos píncaros na alma minha

Deixei a juventude! Não!?

Foi ela que me deixou!?

Faço das  tripas coração sigo  sózinha,

Restam-me migalhas, é tudo o que restou.

Caem em mim brancas neves

A estação é fria, recuso-me a entrar!

Noite escura de que me serves?!

És esperança morta, roubando meu  lugar.

 

Meu espírito se encontra na escuridão

Se esconde da hora que o espreita

É pássaro extenuado,acorrentado à respiração.

Força de  raio que  se solta, mas que a morte não aceita.

Já não sei se faz sentido

Se hei-de da Vida desertar

Meu coração me há traído?

Deixando minha alma a chorar?!

 

15h 24m - 17/09/2009

StA JUSTA

 

Mais um poema triste. numa tarde nostálgica. 

 

 

 

 

sinto-me: caída
publicado por rosafogo às 12:46

Sábado, 12 de Setembro, 2009

 

Este prémio foi- me oferecido

pelo amigo Carlos Aberto Borges

do blog umbreveolhar, grata pelo carinho.

 

 

 

 

 

Que sentes por mim?

 

Que sentes por mim?Terra amada?!

Quando cruzamos  nosso olhar?

No meu peito uma emoção agitada

Tu que sentes? Angústia p'lo meu pesar?!

 

Maldigo a hora que te deixei

Desço os degraus da minha memória

No fim do sonho ainda te direi

Que és minha vida, a minha glória.

 

Ninguém te falou da minha dor?

Dos meus sonhos d'algum dia?!

Rola-me na boca teu nome e o sabor

vivo, do teu seio doce profecia.

 

Ainda tremem de estranha emoção

As minhas veias, no meu peito agitado

Clamam  de  ti me dês atenção

Pobre de mim já meu passo cansado.

 

Mas no meu esforço te alcanço de novo

És minha mãe, meu lar, meu chão!

Sou tua filha, tua amiga,pertenço ao povo

Sou guerreira, ousada e não vacilo não.

 

 

sinto-me: guerreira ribatejana
publicado por rosafogo às 17:54

Terça-feira, 08 de Setembro, 2009

 

 Participe também ou comente

 

Depois de alguns dias ausente, volto de novo ao contacto com os amigos de quem já tenho

saudades, mas vai ser devagarinho, pois me deixei atrasar imenso.

Como estavam quase todos de férias e eu também me sinto filha de DEUS (às vezes), dizia

que de repente lembrei  que ainda não estava bronzeada e que era necessário fazê-lo,

então vou por aí fora apanhar um solzinho lá por terras espanholas. Chegada no domingo,

tenho estado a aguardar a visita dum neto na esperança de que me colocasse mais umas

fotos que eu aqui queria deixar, e então resolvi não postar enquanto isso não acontecesse, mas o que é certo é que ele ainda não apareceu e eu que nada percebo do assunto, resolvi repetir a (rosa) e dizer-vos :OLÀ!

 ESTE PREMIO FOI-ME OFERECIDO PELA AMIGA

FLORCINTILANTE, A QUEM AGRADEÇO O CARINHO.

 

Para ser feliz

 

 

Aspiro o morno aroma da madrugada

Olho a claridade mansa da  manhã

Afago a sua luz  leve  e  dourada

Perco o olhar nas nuvens de lã.

 

Esqueço a amarga dúvida repetida

A interrogação do futuro me apavora

Tomo alento na aventura que é a Vida.

Pelo encanto de viver mais uma hora.

 

A vida me deu tantas semsaborias

Tanta mágoa embrulhada, ilusões

Que às vezes  assusta a paz e alegrias

E para ser feliz, invento mil razões.

 

sinto-me:
publicado por rosafogo às 12:37

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