Segunda-feira, 29 de Dezembro, 2008

 

Hoje começei a ler Júlio Dinis e então a certa altura diz ele que naquele ano de 1866,

Portugal era uma Nação acanhada,na grande Europa ,onde éramos recebidos por obséquio.

E agora passados tantos anos, mais de um século será que não está tudo igual?Digo eu!

Há pelo menos uma coisa para melhor, que é haver bem menos analfabetismo.

Júlio Dinis, preocupou-se em escrever  simples, para que os menos letrados entendessem

as suas mensagens, por acaso  não é preocupação de alguns escritores do nosso tempo.

 

Sem bússola

 

No tempo já meu rosto perdido!

É um tapete gasto pelos passos

Vazio o olhar, vago, esquecido!

Estampa desbotada de que restam traços.

 

O corpo dispo, deixo na cadeira!

Dispo a alma, deixo-a ausentar!

Caminho e a Vida é já canseira

Sem bússola, onde é meu lugar?!

 

Meu amor é sonho parado na fronteira

É Sol que se nega a entrar pela janela!

Meus desejos envoltos em auréola de poeira

Meu corpo despido, é barco à deriva sem vela.

 

Mas , resta ainda uma nesga azul do Céu

Restam palavras de força e solidão a dobrar!

Resta a esperança que firme ainda não morreu

E meu rosto há-de sorrir e não apenas chorar.

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 22:26

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