Terça-feira, 02 de Junho, 2009

Este mimo foi-me oferecido, pela amiga Maria João do Blog

POETAPORKEDEUSKER, é mesmo muito gentil, uma amiga de OURO.

 

Andava por aí a tentar ver alguns blogs da minha aldeia ou proximidades, querendo ver fotografias, mas não achei. Entretanto achei sim poesia muito boa, onde perdi parte da tarde rendida ao encanto das palavras.Não sei se mereço mas adicionei como amigo, pois dar-me-á pelo menos o prazer da leitura. Tenho pena de não ter fotos recentes da minha aldeia para poder concorrer a um desafio que se encontra no blog do meu amigo Carlos Alberto «umbreveolhar.» Seria óptimo concorrer com uma poesia, áquela bonita aldeia das LAPAS.

 

 

Para que quero ser?

 

 

Para que quero  ser?

Aquilo que já não sou?!

Se sou apenas o resto, por acontecer!

A cinza, o silêncio, a  que a Vida me votou.

Seca a memória há muito vencida

Vou apenas adiando a Vida!

Esperança?! Soltei da mão!

Mão vazia, onde só cabe a solidão.

 

Os sonhos há  muito perdi!

A vontade onde está, que não a senti.

Já não sou eu!

Sou só o passado, que me aconteceu!

Sou o peito, onde já não bate nada!

Sou a morte, mil vezes adiada!

Existo, como uma lágrima teimosa

Existo com espinhos como qualquer  rosa

Mas na Vida sou já Outono, que não se detém

Cumpro a sina, que não quiz mais ninguém!

 

Sou a história, na qual mil vezes tropeço

Nada sou, já mal me conheço.

Serão sinais de loucura?!

Ou saudades do meu Eu, na lonjura?!.

Para que  quero  ser?!

Aquilo que já não sou?

Se sou apenas o resto por acontecer!

A cinza e o silêncio, a  que a Vida me votou.

 

 

 

 

sinto-me: Amarga
publicado por rosafogo às 18:33

Nem queiras saber! Este teu poema lembrou-me um desenho que fiz há bem pouco tempo. Era tal e qual uma leitura pessoal do desenho. Pessoal, porque as minhas raízes não desistem assim! Posso ter perdido folhas e frutos, mas as raízes ainda estão presas à terra e o tronco apenas aguarda o crescimento de novos rebentos. Talvez não cheguem a vir. Talvez as raízes sejam apenas teimosas.
"... talvez seja mais um dos meus delírios
ou talvez uma forma de defesa..."

Abraço grande! :)
Maria João Brito de Sousa a 3 de Junho de 2009 às 15:23

Bem amiga, nem quero pensar, que decifrei o teu desenho, tão bem, tão bem que até tu estás admirada.
Minha querida Poeta, fizéste um desenho tão triste quanto o meu poema? Pergunta minha!!!! Eu sei bem de como és persistente, de como as tuas raízes estão bem presas nos poemas que com mestria vais criando.Não perdeste nada,
com a mesma força sempre, nasce de ti toda a arte com que nos presenteias, como se fosses uma nascente. Parabéns.

Abraço para ti com carinho
rosafogo a 3 de Junho de 2009 às 21:09

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