Olá Natália!
A sua introdução, lembrou-me Mário de Sá Carneiro. A sua obra não é muito extensa porque morreu cedo (suicídio aos 25 anos) e muitos dos seus escritos perderam-se, mas o que nos deixou é inquietante, profundo e belo. Deixo-lhe aqui o extracto dum poema, com o qual me identifico porque expressa insatisfação e dúvidas que eu também sinto, relativamente a tudo quanto faço.

“Um pouco mais de sol – eu era brasa,
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa…
Se ao menos eu permanecesse aquém…”

Ainda bem que a Natália tem a dúvida mas salta o muro, e continua sem o desejo de ter permanecido aquém.
Quanto ao seu poema de hoje, achei-o muito bonito. Cheio de nostalgia, mas também duma suave doçura e harmonia.
Quando aqui venho, ler a sua poesia e ouvir a música que nos deixa, o sentimento que me envolve é de paz.
Beijinho amigo

Olá Mª Jesus

É difícil viver na indecisão, é angustiante, mas aparece sempre um sinal, que eu não consigo decifrar, mas que me empurra e me alivia deste fardo e me leva a transpor o tal muro, levando-me em frente aguçando o meu querer,só lhe digo que é uma luta. Sempre que penso colocar um post é como quando quero ler poesia sabe como é...
Que dúvida..será que vale a pena? Por outro lado há uma vontade danada de o colocar hei-de viver e morrer igual, já não há hipótese.

Tenho o livro de poemas de Mário Sá Carneiro e ao ler esta que me deixou já me tinha identificado também com ela, exactamente porque é bem expressiva daquilo que sinto.
Obrigada Mª Jesus, pela força que sempre me transmite.


Um pouco mais de verde e era a esperança
Um pouco mais de azul e era Céu ou Mar
Se ao menos permanecesse criança?!
Que verde vontade, teria de brincar!

Não restava tempo, não havia dúvida
A inquietação permanecia aquém
O arco-íris a cor da minha Vida
O Mundo só meu?! De mais ninguém!

Beijinho grande
Natalia
O Mundo´só meu?! De mais ninguém

Esqueci-me de falar sobre a música, sabe que já mais amigos virtuais, me têm dito o mesmo que a Mª Jesus, que a música vos transmite paz?! Eu também só consigo escrever ouvindo-a, é um bem estar que sinto e ao mesmo tempo uma nostalgia que me dá inspiração.
Fico contente por gostarem da minha escolha.
Beijo
Natália

Olá amiga Natália,
O poema é extraordinário como sempre.
Quanto à introdução, e ao contrário do que afirmas, tens que estar satisfeita por alguma coisa que fizeste e que continuas a fazer, ou muitas coisas.
Se mais não fosse, é a bela poesia feita por ti e que tanto gosto. Este é o meu conhecimento mas com certeza muito mais coisas importantes fizeste de interesse. Mas os poetas são assim, por vezes desvalorizam as coisas, mas o valor têm e muito.
As insónias paradoxalmente são por vezes úteis para ver outras coisas ou ler poemas, como foi o teu caso...
Cumprimentos,
Carlos Alberto

Amigo Carlos

Quando a noite não me deixa adormecer, então bebo um cálice de poesia , apanhada por aí nalguma fonte que descubro
e então, faço também a minha caminhada e distraio a Vida.
Como agradecer-te, pela beleza que encontráste no poema, quando eu hesitei tanto em colocá-lo?!É com as palavras amigas que sempre arranjo coragem, para ir em frente, então mais uma vez muito obrigado.
Abraço e uma óptima semana

Natalia

Como eu te agradeço, minha querida amiga, o meu desejo é igualmente que a ti tudo te corra maravilhosamente.

Um beijinho carinhoso e obrigado pelo mimo que me deixáste.

Volta sempre
Natalia

Amiga Natália (permita-me que a trate por amiga):
Creio que já comentei no seu blogue e você no meu, e digo isto sobretudo quase como justificação para estar aqui.
Gostei muito, muito, do seu artigo, isto é, do conjunto do texto inicial e do poema.
No texto retrata subtilmente a sua inquietação e insatisfação perante o que vai fazer ou faz, não sabendo se tem valor, ou descrendo desse valor, mas, o que é muito bom da sua parte e revela que tem coragem para seguir, acaba por«saltar o muro», para usar palavras suas. Penso que se referirá mais ao que escreve ou que pretende escrever.E não sofra tanto por ter dúvidas. Eu também, quando escrevo, até quando executo outras tarefas, tenho muitas vezes dúvidas. Ter dúvidas não significa que não tenhamos valor, que não saibamos fazer, tão bem como os que fazem as coisas despachadamente e sem olhar para trás, que é como quem diz: sem terem dúvidas. Ter dúvidas é muitas vezes, ou quase sempre, sinal de querer fazer bem, de perfeccionismo, de querer dar aos outros algo que lhes agrade bastante, mas ao mesmo tempo ter receio de não o conseguir. É próprio de muita gente esse receio. Eu, por exemplo, tenho-o, sempre o tive, e também cheguei a ter e ainda tenho essa dúvida, esse receio, de não fazer bem, de não escrever bem, de não completar bem, por exemplo, um poema. Chego a modificar, a desfazer um poema, às vezes a pensar que não consigo pô-lo como queria, mas vou «saltando o muro» (desculpe a repetição, que achei realista e engraçada, das suas palavras), acabando por conseguir.
Não desanime, porque tem realmente valor, muito valor, como o demonstra o que tem escrito neste «post». E é corajosa - olhe, eu, que tenho a «mania» de escrever, não conseguiria, por certo, exprimir tão bem e com tanta coragem o meu interior anímico como a Natália descreve o seu, quer no texto, quer no poema.
Todos temos dúvidas e imperfeições, e os que as não tivessem seriam excepções.
Quanto ao seu poema «De mim», é maravilhoso de intimidade, de introspecção, de realismo e sonho por dentro de si, da sua alma, e aborda os seus silêncios interiores, a sua divagação espiritual, o sonho, a saudade, todo o seu mundo interior, talvez sobressaindo a saudade dos dias felizes, porventura o tempo da infância ou da adolescência, ou outro que a vibrou de felicidade. É um belo e profundamente sentido poema, quase a sangrar de si, a mostrá-la uma alma sofredora e a, divinamente, transformar o sofrimento em tão tristemente atraente poesia, quase a mostrá-la uma deusa da poesia, uma Florbela Espanca, por exemplo. E o poema joga, harmoniza-se, com o texto que o encabeça, sendo, repito, ambos de beleza poética maravilhosa.
E quanto ao blogue por si recomendado, por ter boa poesia e por onde divagou, (Paulo César - No chão de água), hei-de ir lá.

Meu estimado amigo
Nós que somos sensíveis, que gostamos de poesia, só podemos ser amigos, portanto tenho o maior gosto.
Não tenho palavras para lhe agradecer as suas, de facto a timidez a inquietação e a dúvida com que sempre faço algo na minha Vida, está também presente neste momento. Estou a responder ao seu comentário directamente, também derivado ao adiantado da hora, e porque sou muito ansiosa, não gosto de guardar para amanhã o que posso hoje fazer.
Para lhe ser franca, nunca comentário algum me encheu tanto o ego, quase me deixou convencida e muito, muito emocionada que é também outra das minhas facetas, a emoção toma conta de mim, mesmo quando não quero.
Como o amigo Mirtilo se deve aperceber, as minhas palavras são simples, quase sempre falando do que me deixou saudade, da perturbação que em mim existe por me ver a envelhecer, enfim desabafos que me vêm da alma, e que uma vez cá fora me suaviza um pouco o dia a dia.Depois é este diálogo franco com os amigos virtuais, que também me dão felicidade.Gostei que me tivesse falado sobre as dúvidas, porque eu me convenço que só eu as tenho a toda a hora.
Agora , farei sempre o meu melhor, neste meu jeito , umas vezes mais ao meu jeito, quando a inspiração chega mais viva até mim.
Agradeço-lhe a força que as suas palavras, me trazem, e vou concerteza sempre com medo saltar o tal muro, a barreira
em certos dias quase intransponível.
Decerto que mereceria uma melhor apreciação o seu comentário, que irei ler muitas vezes, durante o resto dos meus dias
pois o amigo é pródigo em palavras amáveis, mas será que as mereço?
Lindo, o seu comentário, também para si o desejo de muito êxito e de tudo bom na Vida.

Um abraço carinhoso
Natália

Estimada Amiga Natália:
Acabo de ler a sua resposta ao meu comentário, resposta muito bem escrita e elogiosa para mim, o que agradeço.
Nota-se realmente que, como diz, é muito ansiosa e emocionável, o que não é defeito, embora o mundo actual, de pessoas em geral frias e calculistas, pouco ou nada preocupadas com quem tem a alma à flor da pele, embora o mundo actual, dizia eu, faça supor às pessoas muito sensíveis e emocionáveis, como a Natália, eu e outras, que o mundo não é para pessoas como nós, mas é, pois o mundo é para todos, e ainda bem que há pessoas sensíveis, emocionáveis, ansiosas, de espírito poético, isto é, pessoas com alma, caso contrário esta Estância em que estamos de passagem seria muito mais insuportável do que muitas vezes já é e não haveria quem, com um poema, ou arte em palavras, uma outra expressão artística, até um silêncio magoado e magoante, chamasse a atenção para certas securas ou desertos de alma, para muitos desmandos, que pessoas «sem alma» por aí cometem.
Sabe, acho-me muito identificado com o que diz de si: também eu, além das dúvidas que me habitam quase como fantasmas, sou ansioso e emocionável (mas talvez já fosse mais, ainda que a estrutura anímica, digamos assim, não se modifique, pode é adquirir defesas para as ocasiões em que são necessárias), também me perturbo a respeito do envelhecimento, que, digamos, é praticamente igual ao seu, isto é, na idade (e penso que também me fui habituando a defender-me dessa perturbação) ... A idade é certo que pesa, mas o nosso interior pode atenuar esse peso; além disso não devemos ter medo da idade, nem de envelhecer, pois há vida em todas as idades , desde que aceitemos isso, que é verdade, além de que não somos eternos. Para mim, e penso que para toda ou quase toda a gente, a vida é algo que temos de saborear, mesmo que com tristeza e saudade, mas também com alegria, no presente, sobretudo tentando aprender e a tentar realizar aquilo de que gostamos, mas sobretudo tendo amigos, amigos realmente, pois os amigos de verdade podem ser como oásis onde retemperamos forças ou espelhos que nos dão boa imagem de nós, nem que sejam amigos virtuaiis, à falta dos outros.
Havemos de falar mais, Natália (o seu nome tem na raiz, latina, a ideia de nascimento, por isso veja, isto é, sinta nele um nascer constante, um renascer, qual Fénix...).
Adicionei-a como amigo ao meu blogue, esperando que não se importe, claro.
Felicidades para si. Que a vida lhe sorria, mas a Natália também tem de preparar o rosto para esse sorriso da vida, tirando as rugas da ansiosidade e da dúvida. Que todos os deuses, inclusive os do pagão Olimpo, com Vénus à frente, seguida da Musa da Poesia Lírica e de Apolo, patrono das Musas, a protejam e lhe dêem inspiração para os seus belos, ainda que sofridos, poemas.

Um abraço amistoso.
Mírtilo

Olá , Boa noite Natália:

Venho por, intermédio do Carlos Borges que me alertou para o facto da Natália ter manifestado interesse em participar no blogue da Aldeia da Minha vida. Confesso que não sei o que terá passado, não sei se recebi algum e-mail seu ( agora não consigo aceder à informação, pois a net está muito lenta, mas amanhã vou averiguar melhor). De qualquer modo, se ainda estiver interessada, ainda está a tempo de se inscrever: aminhaldeia@sapo.pt.

Informo ainda que o blogue onde vai decorrer a Blogagem vai ser: www.aldeiadaminhavida.blogspot.com

Peço imensa desculpa qualquer transtorno que tenha causado neste pequqeno mal entendido.

Ficarei a aguardar por si. Amanhã (dia 8) enviarei mais informações adicionais sobre a blogagem, caso ainda esteja interessada.

Com melhores cumprimentos,

Susana Falhas

Minha amiga

Acabei de enviar o trabalho para o concurso para o email aminhaaldeia@sapo.pt, agora fico na dúvida se seria de enviar
para aqui. Não tenho prática nestas coisas e por outro lado pensava já não ir a tempo, então nem aguardei por ajuda
e fui enviando . Se a Susana me der umas luzes, caso não tenha enviado para o sítio certo agradeço . Peço imensa desculpa por toda esta maçada que lhe dei, mas o meu amigo Carlos, deu-me força, quando já quase tinha desistido e então lá tentei dar o meu melhor.

Um abraço

Atenção Natalia!
O e-mail é : aminhaldeia@sapo.pt.
Se calhar foi por isso que não chegou ainda nada... se por algum motivo não conseguir enviar o texto por e-mail, sempre pode enviar para o blogue www.adeiadaminhavida.blogspot.com, por via comentário , e quanto às imagens, depois falamos sobre isso.

De qualquer maneira, vou colocá-la na lista de participantes e conto então consigo para postar o seu texto no seu blogue amanhã. dia 9. Em relação oas restantes detalhes, gostaria de lhe enviar a informação ( envie-me por favor os seu e-mail).
Ficarei a aguardar por si!

Bjs Susana Falhas

Como eu entendo esta indecisão!!!
Gostei muito do que li, parabéns.
P.S: será que a posso adicionar aos meus contactos?

Bem vinda Ana

Ainda bem que gostaste, é bom partilhar também contigo o que escrevo, fico feliz.
Tenho o maior gosto em que me adiciones, aliás penso que já te tenho no meu perfil, porque já te visitei, no entanto o teu nome é lindo e há mais, vou agora verificar se és mesmo quem eu penso

Beijinho grande e boa semana
Natalia

Tenho o prazer de te informar que no meu Blog está um mimo para ti
e estou certo que vais gostar.

Cumprimentos,
Carlos Alberto Borges

Obrigado Carlos por te lembrares de mim, já fui buscar, nestas coisas não me atraso, adoro receber mimos dos Amigos.

Um abraço
Natalia

Olá minha amiga Natália. Antes do mais, desculpa não ter aparecido mas tenho andado atrapalhado, com umas coisas mas nada de saúde graças a deus. olha parabéns pela tua poesia está muito linda com um pouquinho de nostalgia a temperar, mas nada de mais. Muito bela. eu adicionei . Parabéns mais uma vez , Beijinhos. Eduardo Gonçalves.

Como eu venho atrasada, agradecer as tuas palavras amigo Eduardo, desculpa, estou como tu ,o tempo não dá para tudo infelizmente.Obrigada por teres gostado, ainda bem.

Beijinho com amizade

Natalia

Natália muito obrigado pela lembrança querida,
agora estou sem tempo mas voltarei para a pegar e fazer o post, fico feliz por te teres lembrado de mim, beijito carinhoso

Fica á tua disposição, Estrelinha, quando te der jeito, vem buscar.

Obrigado
beijinho

Natalia