Segunda-feira, 03 de Agosto, 2009

 

 

 

Quando era pequena, lembro agora (falo só das mulheres) que as mulheres da minha aldeia, não usavam perfumes, nem usavam cosméticos, então o seu cheiro era natural,

a roupa lavada no rio com sabão azul e branco, seca no arame ao sol, engomada com ferro

de brasas de lenha ou carvão vegetal, todos estes cheiros naturais ainda os sinto hoje,

Houve um tempo em que as mesmas, usavam saiotes engomados de modo a fazer roda

e a sobressair a beleza do vestido, o cabelo era ripado para ficar com volume, e as meias de vidro com risca para sobressair a perna jeitosa,  eram bonitas por natureza e algumas artimanhas que tinham para embelezar um pouco mais, eram apenas coqueterias femininas.

Outra coisa engraçada que lembro, eu que era mais nova, lia muito, romances de toda a natureza, e apesar da pouca idade escrevia com muita facilidade, cartas de amor, quando as mais velhas descobriram, pediam-me insistentemente que fosse eu a escrever aos namorados ausentes (na tropa) e então ,só hoje o digo, escrevi muitas cartas e fiquei a saber muitos segredos dessas raparigas, que quando me vêem sempre fazem questão de falar do assunto. Desde esta época, já distante, que eu sonho escrever alguma coisa, mas

cartas de amor já se não usam o que é uma pena, coisas que eram segredo , passaram a ser do conhecimento geral, então só escrevendo poesia para quem gosta mesmo.

 

E assim deixo mais um poema nostálgico.

 

 

Fruto caído

 

Quebrou-se o alento criador em mim

Sofrido como ramo vergado p'lo vendaval

Palmilho estrelas, procurando luz, caminho sem fim

Faz-se silêncio e surge uma solidão glacial.

E os sonhos que guardei da viagem

Albergo-os no imaginário, bem nítido no coração

Alheio-me da tristeza e dobro-os ainda com coragem,

Faço deles o futuro, ou talvez  tão só a previsão.

Às vezes me assusta o silêncio, sobra desalento,

Fica-me o coração inquieto, triste,

E indolente me fica o pensamento,

Numa impotência, afirmando : como me desiludiste!

 

Hoje, não me sinto senhora de mim

Meu sorriso é forçado, sem calor humano

O rio dos meus dias, serpenteia, embrenha-se e perde-se por fim,

E as horas quais pássaros de passagem, me levam ao engano.

As minhas lembranças, são junquilhos a perder de vista

Nas margens da vida, nos meandros da alma

E nos confins da memória, imagens , já  infinda lista

E por entre mimos e afagos me abandono  e regresso à calma.

 

E do fruto que parecia caído ao chão, entristecido?!

Ainda tem o que quer que seja de triste...

Mas sai do alheamento, o dia está convidativo

E em farrapos de sonhos doces e vagos ,finge que existe.

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 16:46

Olá Eduardo

Então, tudo bem contigo?
Olha ando numa roda viva, hoje fui a uma sessão de poesia, num centro de convívio de aposentados da função pública,
só agora tive um pouquinho de tempo para aqui vir conversar um pouco. Acabei de ver o meu email e ainda não me deram resposta da editora, já estou a ficar azul com isto, parece mentira, dá-me a impressão de que eles não tinham senão impressos aqueles livros que levaram para a sessão e agora devem estar a imprimir, penso eu, aliás já nem sei o que pensar, porque eles não me dão resposta.
Estou a ver que tenho que procurar na morada que vem na net.
Pois é meu amigo tudo o que me lembre os meus tempos de memina e moça, tal como as festas nesta aldeia onde estava,
me trazem nostalgia, do tempo em que predominava a inocência e a ingenuidade.
Obrigado , pelos teus parabéns és um bom amigo
Beijos
natalia

Olá amiguinha NATÁLIA. Vi que estás triste com o comportamento da editora, e o caso não é para menos. Estamos a viver num mundo cão em que o que mais e melhor engana é quem melhor fica. Só falta dizeres-me que deixaste os livros já pagos. Vi que também tu estás a agarrar-te às lembranças do passado da tua meninice. Eu sei tão bem o que isso é minha amiga. E sei o que isso custa a suportar, sabermos que não há maneira de voltar atrás, e nós com tantas coisas para voltar a fazer, mas de forma diferente. É isso que nos provoca aquela nostalgia tão amarga, E é nestas alturas que sentimos a falta de alguém com quem partilhar esta tristeza, esta melancolia que toma conta de nós, sem nós querer-mos. Eu entendo tão bem o que tu sentes amiga. Mas não podemos fazer nada, que não seja resignarmo-nos e aceitar tudo como está, porque não podemos mudar nada. Um beijinho e tudo de bom para ti. Eduardo.
Fisga a 5 de Agosto de 2009 às 15:53

Eduardo obrigada por voltares amigo.
É certo paguei os dez livros há dois meses atrás, não sei porque não vieram ainda. Encomendei mais três que me tinham sido pedidos por amigos e também não me sinto muito confortável com esta situação.
Agora tirei a morada que é na Alameda dos Oceanos no Parque das Nações de onde não me atendem o telefone e
terei eu de lá ir.
É assim amigo, quando as coisas nascem tortas... sabes que por cada poema editado, tínhamos que ficar com cinco livros
e pagá-los logo. Ao mail ninguém responde, é até me encher e ir lá.
Obrigado por teres conversado um pouquinho comigo e deixado palavras amigas.

Fica bem amigo beijinho
natalia

Olá amiga Natália.Agora já começo eu também a ficar incomodado. Olha amiga Diz-me onde é que tu moras, Se calhar dá-me mais jeito a mim Ir lá ver se consigo saber o que se passa. Ou então diz-me quando é que lá vais e eu vou lá ter contigo e bebemos uma bica e damos dois dedos de conversa. O que achas da ideia? Mas eu não me importo nada de lá ir mesmo só, se calhar tu moras mais longe do que eu. Pensa bem e diz-me algo. Eu também te agradeço as tuas palavras. Beijinho Eduardo.
Fisga a 5 de Agosto de 2009 às 16:42

Olha Eduardo, em primeiro lugar obrigada pela tua disponibilidade, mas hoje eram nove da manhã e lá convenci o meu marido a ir comigo, demos voltas naquela Expô à procura do edifício, ninguém sabia onde era, lá encontrei um segurança da Prossegur, mas dado com o edifício disseram-me que já não estava a editora há dois anos, então resolvi ir ao portallisboa que fica ao pé do H. Sta Maria na rua Rui Nogueira Simões, chegada, lá dei com com ela, estavam então só três embrulhos por distribuir ainda não tinha dado jeito, foi o que me responderam. E pronto andei três horas nesta
busca porque na net não têm nada actualizado, quem quiser que se amanhe. Agora que já tenho os livros, vou começar a enviar, para isso preciso das moradas, então dizes -me a tua para natalia.nuno6@gmail.com e eu mando-te pelo
correio logo que a saiba. O nosso dedo de conversa não fica esquecido, quando surgir oportunidade.

Não te respondi ontem, peço desculpa, veio cá jantar a filha e os netos e foram já tarde embora e eu jáum pouco saturada, nem vim já ao blog.

Sabes a novidade, agora estou também com o mesmo nome no Luso Poemas, mas sinceramente o tempo não é muito, vamos ver o que consigo.

Pronto fico a aguardar a morada

um abraço
a amiga natalia


Olá Amiga Natália. Obrigado pela tua disponibilidade, e delicadeza, és incasável sabe-se lá se eu serei merecedor. Mas olha, que seja tudo por quem tu mais amas. Eu vou mandar-te a morada daqui a pouco, também não tens que ter muita pressa, eu não estou aflito para ler poço esperar, mais uns dias, é quando te der jeito. Um beijo e tudo de bom para ti. Eduardo.
Fisga a 6 de Agosto de 2009 às 18:45

Não tens nada que me agradecer, amigo, não fiz nada de especial, nem quero que tenhas preocupações seja com o que fôr. Já vi que o mal é desabafar contigo, depois ficas nervoso como eu. Deixa que eu agora mando-te o livro com
uma dedicatória sim senhor... isto da gente sermos poetas, passamos a vida a sonhar.
Sabes ,o Sr. do Portallisboa, telefonou-me esta tarde, a dizer que que já sabia que eu estava muito aborrecida com ele, foi simpático lá veio com uma palavrinha, ficou bem. De facto não é que eu também tivésse muita pressa, mas uma coisa é não se saber quando, e outra é dizerem-nos que no dia seguinte nos entregam, já passam quase 15 dias é natural a minha estranheza, não achas?
Lá estou eu outra vez, por agora é tudo logo que receba o teu mail envio-te , o correio é mesmo aqui e também tenho que enviar outros, não te preocupes, fica bem.Se não conseguires enviar, podes telefonar para o 21o162392.

beijinho, até sempre
natalia

Olá amiga Natália. Pois tens muita razão. Os compromissos são para se cumprirem, e não para fazer tábua rasa. Pronto amiga felizmente já está resolvido, o assunto. Um grande beijinho e tudo de bom para ti Eduardo.
Fisga a 7 de Agosto de 2009 às 12:14


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