Hoje tenho que pôr as fotos que me restam e que não têm a ver com a poesia nem com
o que vou contar-vos, mas para não parecer um deserto, deixo os anjos aqui descansando,
por sinal, um também tem vontade de vos escrever, É que nem sequer os consegui pôr de pé, tirei estas fotos em Praga e não sei porque ficaram assim deitadas, não há dúvida que é defeito da fotógrafa.
Bem , há algum tempo que não venho postar, o tempo também não tem sido muito,
e ando muito desgostosa, pois me desapareceu o meu Jimy , para os amigos a quém nunca dele falei, direi que era um gato que tinha há dois anos e que era como uma criança,
dócil, meigo, brincalhão, amigo de se meter dentro de tudo quanto era saco, mala de viagem, e que agora alguém levou dentro de algum saco, pois já fez 11 dias que desapareceu aqui do portão da casa e nunca mais deu sinal. É triste, pois tanto carinho lhe
demos, e agora nada sabemos e claro sentimos-lhe a falta.
Esta poesia que vou deixar, é um pouco triste e fala da minha terra.
Hoje nada tem harmonia, nem as fotos, nem a conversa e nem por fim a poesia, mas
Como vou estar ainda esta semana aqui na aldeia pouco mais posso fazer, porque ainda
estou muito crua neste mexer, neste ir buscar, tirar daqui, pôr dali., estou sempre precisando de ajuda.
SAUDADE
Há nos meus versos saudade
Poeira no meu olhar
E eu sinto em profundidade
A ferida que não quer sarar.
Passa o vento p'los figueirais
Chuva miúda, terra molhada
Já se foram os demais!
Gastos! P'la caminhada.
Meu coração é quem escreve
No teu chão ainda pisado
Que a terra lhes seja leve!
A tantos que hei amado...
Minhas palavras gastas estão
São já acessos de melancolia
Sempre leio na minha mão!?
Que um dia voltarei a ti. Um dia!