Agora estou dividida, porque passei a postar no Luso Poemas,
e também já por lá arranjei amigos. É verdade, eu já vos tinha dito, sou como criança curiosa
fui ver depertou em mim o desejo e foi um instante enquanto decidi fixar-me por lá também.
Mas vou estar sempre aqui, quando regresso do Luso, venho cheia de saudades e por isso
vou ver se consigo agora mesmo, deixar uma poesia e visitar alguns amigos.
LUTA
Longo este caminho escarpado
Que me arrasta p'ra solidão
Da esperança terei resvalado?
Ouço os brados da multidão!
Solidão é tudo o que resta
Tem nome é « desespero»
Mas vejo o Sol além
E espero...
O silêncio se adensa, algo vem
Esboço um sorriso é uma festa!
Mas o futuro ainda é minha pertença?
No olhar de novo o abatimento
Só me resta o esquecimento.
Solto murmúrios, sem entoação
De quimeras nem ouso lembrar
Dissimulo o medo
Da vida perco a noção.
E em segredo,
Fecho-me numa angústia contida
E fico a ouvir meu sonho falar.
Mas numa luta desabrida
Deito mãos à vida
E perante ameaça de tempos futuros
Finjo ser hera disfarçada, enlaçada aos muros.
Dos meus dias?!
A nostalgia é rainha
Tenho sombras no lugar das alegrias
Fico de rosto sombrio a ruminar
Olho o céu, uma nuvem negra
A tristeza é contágio!? Eu me deixo contagiar!
Ah! Mas à Vida dou refrega!
Não se lembre ela de me deixar.