Hoje um dia igual a tantos, com pouco bulício, aqui por casa um pouco de silêncio, e a esta hora só eu e os meus pensamentos.
Hoje de tanto escrever sobre quanto me custa o caminhar nesta vida, principalmente por
ver passar tão rápidamente o tempo me lembrei:
Como não tenho razão, para mim a velhice a comparo a água estagnada, inquinada que serve para quê?! Enquanto a juventude essa sim é água pura brotando da fonte bem
cristalina.
Hoje estou como este mar, deserto mas calmo, e vou deixar uma poesia um tanto sentida.
Palavra sentida
Tudo a ruir!
Como castelo de areia
E o futuro por definir
Ardendo meu sangue em cada veia.
Rasgo meus pés pelo caminho
Fico desfeita no sonho
Abutre é o tempo, nele adivinho
O meu desmoronar medonho.
Patéticamente, tudo em mim se agita
Nestas horas onde tropeço
Os gestos, as palavras, tudo em mim grita
Mas nada tem retorno, nem recomeço.
Minha palavra já se inventa
Minha carne se abre em ferida
Impensada história, saudade já lenta.
Meu percurso ignorado, palavra sentida!