Banalíssimo este meu dia, um pouco de leitura esta tarde, uma ou outra consulta na net,
dois poemas saíram, mas nada por aí além, aqui vai ficar um deles, eu até posso não gostar muito, mas ao som desta música, cai-me bem, sinto -lhe beleza, então vou soltá-lo.
Sou feliz mesmo assim!
Viajei mil anos
Tantos degraus na subida!
Tantos sonhos acordados, tantos desenganos,
Mas sou feliz mesmo assim!
Estremeço de alvoroço a cada passo
Procuro o desenvencilhar duma armadilha
Chama-se medo, dentro de mim...
Aninha-se, é hospede do coração,
é meu algoz, muda meu rumo e direcção.
Viagem onde com fantasia entrelaço,
palavras brandas, com sorrisos artificiais
E assim meus dias são feitos de vida atordoante.
E n'outros nos demais?
Vivos de frescura viva e penetrante!
Tenho horas de serenidade branda, mas breve,
E aquelas em que mergulho na apatia,
Sonhando um sonho leve.
De sombras vivo,
ora sumindo, ora emergindo
Livre de pensamento
E sonho, com asas dasafogadas,
Vôo, vôo a um jardim de enganos
Volto ao tempo vazio e já despojada,
Flutuo, misteriosamente num sonho que arde,
Como audaciosa me sinto!
Porém com medo que se faça tarde,
E a indolência tome conta de mim.
Deixo dito e não minto!
Eu sou feliz mesmo assim.
Poema feito às 16 horas deste dia banalíssimo.