Estas duas fotos foram tiradas numa cervejaria e restaurante em Praga, toda ela decorada com Arte Nova.
No andar de cima, havia um salão de concertos, com uma escadaria enorme,
com paredes lindamente decoradas, mas como foi ao jantar e as luzes faziam reflexo,
não aproveitei muitas das fotos tiradas, que eram uma maravilha, se tivessem ficado boas.
Agora e ainda na aldeia, pensei hoje vou ter a coragem de postar um soneto, que já postei no Luso e posso dizer foi bem recebido.
Faço alguns sonetos, mas estou sempre apreenssiva com a métrica, pois não sei nada
dessas regras, apenas os faço ao meu jeito, como aliás toda a poesia, faço-a com a
alma que me dita assim.
Já de ti meus olhos partem
Na hora de acordar não estás comigo
Sombrios meus olhos coalham de tristeza
Vive meu coração ao acaso, sem abrigo
Emparedada minha alma, em teu lugar incerteza.
Triste desígnio que provoca em mim fronteira
Me faz ameaças, me põe algemas nos braços
Perturba minha caminhada, só há já canseira
E tua ausência Amor?! A dávida dos abraços?!
Que ninguém olhe mais meus olhos, feitos rio
Nem meu rosto onde o sorriso ficou embaciado
A dor gasta, faz moer, trago a vida por um fio.
Queria eu que sentisses a dor do abandono!
Agudos espinhos e solidão no peito desolado
Das rajadas geladas... da partida do Outono.
Sta Justa 21 h -18/09/2009