Sexta-feira, 31 de Julho, 2009

Fazem-se os preparativos para as festas que vão decorrer na aldeia de Santa Justa, este fim de semana, já se ouviram alguns foguetes, e hoje apetece sair à rua, pois já se avistam algumas pessoas.Ontem por esta hora, dei o passeio habitual à volta da aldeia e vi apenas,

uma pessoa que ía dar comida às galinhas e outra que se dirigia ao café. Hoje fiz o mesmo passeio, mas como vai haver a bendita festa lá consegui encontrar três almas sentadas à soleira duma porta e mais duas que estavam a montar o palco  para os ranchos que amanhã virão actuar. A aldeia está limpíssima, mas a não ser que tenha sido de madrugada não dei por ninguém a limpar.Amanhã haverá procissão que desfilará pelas ruas principais

e à tarde virão dois campinos montados nos seus cavalos com duas vacas mansas sempre ao alcance das suas varas, não vão elas tresmalhar, e também desfilarão ranchos de fora e o da aldeia. Para ser franca eu gosto de presenciar a alegria destas gentes que não têm nais nada e que nestes dias encontram nos festejos a sua alegria , é o encontro de  todos

os que permaneçem na aldeia e os que hão-de estar a chegar( os Emigrantes).Não é a minha aldeia de nascimento, mas sim de acolhimento e é simpática, aqui ainda as portas só se fecham à noite, todos se conhecem são primos e primas e eu faço parte de todas as famílias.e não fosse o padre a estragar o ambiente, tudo vivia na santa paz do Senhor.

 

Hoje por falar de aldeia lembrei a minha e deixo um poema que lhe é dedicado

 

Lembranças

 

Ainda no teu orvalho a refrescar me sinto

Volto a ser filha da terra, fico no teu regaço

Ébria de afagos,os raios de sol eu finto

E entrego-te o meu sorriso, o meu abraço.

Respiro o aroma das flores, percorro o teu seio

Baloiço-me nas árvores, onde sopra o vento

Todos os sentidos para ti norteio

Nosso abraço é inevitável, de amor é nosso sentimento.

No teu rio molho os pés, saltitando nos remoinhos

Recordo quando o tempo não passava por mim

Lembro de ser jovem, conheço bem teus caminhos!

Lembro que eu era o próprio tempo que não tinha fim.

 

Agora, lembro o dia da partida, como se fosse hoje

Levava comigo  a tristeza  por companhia

Ouço ainda o grito dos pássaros, na madrugada doce

E lembro a chegada do sol anunciando o dia.

Também a saudade de quem ficou, e não esqueceu

Já nada seria como dantes, e na amizade?!

A simplicidade dos gestos, uma carta  se escreveu

A ausência sentida  se tornaria eternidade.

Lembranças... são lembranças e eu as guardei!

Fechadas num subescrito selado

Cada pormenor dentro de mim gravei,

Com amor mantenho, dentro do peito guardado.

 

 

Poema escrito em 15/08/2007

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 21:23

Quarta-feira, 20 de Maio, 2009

A minha vida ilumina-se sempre que vou a Lourdes, a minha existência fica mais pacífica e vejo o Mundo um pouco melhor, com menos receio. Todavia nem tudo são rosas e a tranquilidade, a serenidade que ali procuro, vai-se esmaecendo no dia a dia. Por lá  ainda brilhava a neve nas montanhas, e fazia frio. A paisagem era magnífica, diáfona ,onde os nossos sentidos ficavam  emersos de vida e esquecidos do verdadeiro mundo triste, e aí sim ficamos em equilíbrio perfeito com a Natureza e em paz.

Nesta viagem cumpri mais um ano de promessa Nª. Srª vai-me concedendo o que lhe pedi e eu vou cumprindo o que prometi.Este ano fui numa excursão e tive a sorte de estar dois dias em Lourdes, pois assim consegui assistir á procissão das velas que para mim é algo de transcendente, que sempre me emociona, pela fé e respeito ali demonstrado por uma multidão em silêncio, apenas cantando e rezando quando é sua vez. Apesar de eu não ser pessoa de igreja, tenho muita fé, e sinto-me bem neste lugar, e lá pedi por todos os amigos

em especial os amigos virtuais, para que tenham saúde e paz assim como seus familiares.

Cheguei então depois de 18 horas de viagem e aqui estou a pôr a escrita em dia.

 

Hoje deixo uma poesia muito simples, feita aos pouquinhos ,escrita ás escuras no autocarro  na noite de viagem.

 

Minha Poesia

 

 

Minha poesia

Tão prenhe de utopia

Tão rumo á esperança

Mimada, como criança.

Desbrava caminhos

Vive de carinhos!

 

Sonha com as estrelas

Companheira, que abre portas e janelas

Deixa-se enfeitiçar pela amizade

Chora sentidamente de saudade

Dá abraços.É um ramo forte!

Fala da Vida e da Morte.

 

Minha poesia

Tão prenhe de utopia

Perde-se no vendaval da Vida

Impertinente, alegre, criança perdida

Sedenta de vontade

E sempre, sempre a falar de saudade!

 

Ri da ironia do destino

É minha conquista, meu machado

Minha pedra preciosa!

Feitiço, onde perco o tino

É um céu de estrelas bordado

É um jardim, duma só Rosa.

 

É  insensível á fadiga

Surge em revoadas de acaso

É louca, é triste é amiga

E me tira o chão, se lhe dou aso.

É feita de pequenos desvios

E tem uma força tamanha?!

Apesar de urdida de frágeis fios.

É alta que nem montanha.

 

 

 

Solicito a atenção dos meus amigos para a «DANÇA» que brevemente vai ser espectáculo

no BLOG do meu amigo Free. Fico grata pela vossa atenção, pois também vou colaborar e como tal ser uma das artistas convidadas.

 

http://free-stile.blogs.sapo/

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me: Feliz
publicado por rosafogo às 19:25

mais sobre mim
Setembro 2010
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3
4

5
6
7
8
9
10
11

12
13
14
16
17

19
20
21
22
23
24
25

26
27
28
29
30


posts recentes

Festa na aldeia

Emoções

últ. comentários
Queria amiga Poetisa Rosafogo, Que das coisas simp...
Olá!Vim apenas fazer um teste, para ver se consegu...
Parabens pelo post. Falar de coisas simples por ve...
Acontece-me exactamente o mesmo, Natália! Depois d...
É assim Mªa João, dispersei-me e agora é tão difíc...
Também me perco imenso, Natália. Não penses que és...
Há séculos dizes bem MªJoão, bem que eu gostaria q...
Para mim também foi uma alegria encontrar-te Ause...
Obrigada PC é bom encontrar palavras amigas.Tento ...
Olá Martinha obrigada por vires ler, tenho andado ...
pesquisar
 

blogs SAPO


Universidade de Aveiro