Este Slide, é sobre Mértola, Esta vila Alentejana é mimosa e merece uma visita, demorada,
de preferência em tempo sem calor, porque o dia que a visitei, sofri um pouco na subida até
ao castelo. Eu acho sempre que a pé se devem fazer as visitas para se conhecer e também para haver a oportunidade de se tirarem fotos. Tirei algumas, que ficam aqui para vos dar
uma ideia ( a quem não conhece ) de como é bela esta terra.
Perdi-me do vento ou ele me perdeu?
Visitei fiz aceno à despedida,dia sem igual!
De tão bela Mértola, a Pátria em mim cresceu!
O seu rosto me devolveu o rosto de Portugal.
Terá o amigo, orgulhoso, que deve ser da sua terra, muitos poemas belos e deve conhecer estes lugares como as suas mãos, mas aqui lhe deixo algumas fotos que em boa hora
parei para tirar e conhecer essas belas paragens.
Hoje deixo um poema que dedico a uma colega de escola que hoje partiu... sem regresso.
Bordadura de hera
Ontem vazio de palavras meu diário. Nada escrito!
Olhei furtivamente para o meu dia
Recordações baralhadas, um sentir esquisito
E a vida astuta como serpente me dizia:
O tempo voa, tem cuidado inocente coelhinho.
Que nalguma esquina acabará teu caminho!
Mas hoje desenhei no diário uma cercadura
Assim, como que lembrando uma bordadura de hera!
Um canteiro mimoso para esquecer a vida dura
Também p'ra não me sentir objecto d'outra era.
Desenhei com uma pontinha de nostalgia
Já que o tempo se cola à minha ilharga, sem me deixar.
Recarreguei esperanças em abastança, também alegria!
E assim saboreio em passo vagaroso o chão p'ra andar.
E é um previlégio esta ausência de mim, este abandono.
Fico na minha solidão, felizarda esta ventura.
Esqueço as rugas do rosto, assomos de raiva e o Outono.
Aos altos e baixos que me envenenam, ponho muro.
Não faço com a Vida pacto, nem combinação.
Ela me virá à fala, me quererá ludibriar?! Mas será em vão!
Porque hoje estou em paz,
O tempo me acirra, mas não me vence não.