Segunda-feira, 24 de Agosto, 2009

 

 

Hoje um dia igual a tantos, com pouco bulício, aqui por casa um pouco de silêncio, e a esta hora só eu e os meus pensamentos.

Hoje de tanto escrever sobre quanto me custa o caminhar nesta vida, principalmente por

ver passar tão rápidamente o tempo me lembrei:

Como não tenho razão, para mim a velhice a comparo a água estagnada, inquinada que serve para quê?! Enquanto a juventude essa sim é água pura brotando da fonte bem

cristalina.

 

Hoje estou como este mar, deserto mas calmo, e vou deixar uma poesia um tanto sentida.

 

Palavra sentida

 

 

Tudo a ruir!

Como castelo de areia

E o futuro por definir

Ardendo meu sangue em cada veia.

Rasgo meus pés pelo caminho

Fico desfeita no sonho

Abutre é o tempo, nele adivinho

O meu desmoronar medonho.

 

Patéticamente, tudo em mim se agita

Nestas horas onde tropeço

Os gestos, as palavras, tudo em mim grita

Mas nada tem retorno, nem recomeço.

 

Minha palavra já se inventa

Minha carne se abre em ferida

Impensada história, saudade já lenta.

Meu percurso ignorado, palavra sentida!

 

sinto-me: serena
publicado por rosafogo às 00:32

Domingo, 26 de Julho, 2009

 Foto tirada no Museu de Cera

de Londres.

 

Ontem lembrei, muitas vezes um professor de matemática , fisica e  química, que sempre me chamou de D  Quixote, dizendo que eu vivia de sonhos, só via moinhos de vento ,castelos  encantados, e o que ele ensinava  não servia de nada porque  não o ouvia e era sssim de verdade, por isso pouco aprendi sobre estas matérias, mas não esquecerei o Eng. Eloi de Barros era este o seu nome, ao visitá-lo já bem velhinho na sua morada na Av. de Roma, me reconheceu de imediato e me disse: olha a Nátalia das Lapas, a sonhadora, passados quarenta anos, como é possível?!

Ontem também  nada sabia sobre o lançamento dum livro, e pouco fiquei a saber,  o meu

sonho era conhecer os amigos ,estar com eles, por isso do resto fiquei ausente, de tal maneira que ao chamamento, alguém me despertou, e nesse momento me esforcei para cair na  real e falar , mas não consegui, calei cá dentro as palavras que levava no coração.

Apoderou-se de mim a emoção e fiquei assim mesmo «eu» sem jeito. Mas quero aqui deixar expressa a minha gratidão aos amigos que estiveram  presentes, pois senti o seu calor e sua amizade verdadeira, também aos ausentes que não podendo estar me  enviaram  palavras de estímulo.

 

 

No fundo do tempo

 

 

Meus poemas são música que ninguém tocou

São débeis sóis de esperança de criança curiosa

São pedrinhas atiradas ao charco que a ninguém molhou

Porque me queixo eu? De que estou ansiosa?!

Tivesse eu outra forma de criação?!

Bailarina talvez, exprimindo-me por gestos

Mas a poesia é o meu mundo o meu chão

Meus poemas são grito, são manifestos.

Sentimentos, lamentos e esperanças, neste chão verde

A mão que dou, a palavra que deixo, o que recebo e me afaga

São a água fresca onde mato a minha sede,

Uma força maior que ninguém silencia, nem apaga.

Estão prenhes de utopia por isso me chamam louca

Um dia virá, eles serão o grito, a foça da minha voz já rouca.

 

Calo-me agora, quando o fim está p'ra chegar

Não resta nada, trago os dias cansados

E o medo espreita no fundo do meu olhar.

Cerro memórias que já são frutos frutificados.

Falei do passado  acreditei no presente

O futuro calarei, fátuo fogo em que me apago

A vida não passou dum jogo, correu apressadamente

É bola de fogo, alegria efémera é dor que trago.

Meus poemas, são minha existência a escurecer

Numa solidão onde mais nada há a dizer.

Fico tolhida no fundo do tempo a esquecer

Quanto  tempo a vida me tira, sem eu o querer.

 

 

 

 

sinto-me: abelha sem flor
publicado por rosafogo às 16:32

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