Domingo, 05 de Julho, 2009

 

Hoje estou um pouco murcha, como esta flor que há umas horas atrás estava tão feliz, mas que o Sol não  poupou e já não consegui apanhá-la no seu melhor.

 

Quem não tem juízo, o corpo é que paga  e é bem certo este ditado popular.Mas, quem não experimenta, não sente a adrenalina, nem a liberdade que se tem andando sobre duas rodas. Às vezes paga-se caro, e depois tem de se aguentar as consequências.

Por um tempo ganha-se juízo, mas esquecendo... quem sabe?!!!

 

 

O poema que vou aqui deixar, fiz há algum tempo atrás, tinha na ideia melhorá-lo um pouco

mas acho que se ele nasceu assim é tarde para o modificar, e eu tenho medo que fique mais triste ainda.

 

Átomo perdido

 

Meu rosto enrugado é mapa da minha vida

Vida que pulsa num mito de esperança

Esperança, que surge do nada e se esvai perdida

Perdida, deixando-me desvalida, como pobre criança.

Criança, cuja imaginação é feita de sonhos e quimeras

Quimeras que esboçam este frágil poema de liberdade

Nesta memória que recua até outras primaveras

E que me deixa numa incomensurável felicidade!

 

Mas é quase sempre a angústia, que ganha terreno

E logo me deixa barco desfeito em tempestade.

No silêncio das minhas noites o coração fica sereno

E é testemunha presente, quando me assola a saudade.

Sinto o que resta de mim um átomo perdido

Sinto-me réstia dum dia a chegar ao fim

Sinto-me, resto dum futuro esquecido!

Liberto meu grito, para que a Vida não esqueça de mim.

 

Quantas incertezas no meu pensamento

Solto as minhas esperanças aqui e agora

Nesta procissão de palavras, deixo meu lamento

E parto á procura dum novo dia, duma nova aurora.

Eu que fui terra semeada, sou agora terra devastada

Mas como posso lutar, contra a corrente?

Dou livre curso às lágrimas se me sinto malfadada

Deixo ao destino o rumo e sigo em frente.

 

Meu rosto não sabe, nem vai jamais lembrar

O espelho que o namorou e na distância já se vai

Ilusão fugaz, é agora remanescente que o vem sossegar

Também, um resplendor finjido, como a vida que se esvai.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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