Quinta-feira, 09 de Julho, 2009
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Meus amigos

 

Logo , logo, vou voltar, deixo-vos com umas fotos que serviram de experiência para aprender a fazer um slide. Lembrei-me que talvez, não fosse má ideia. Na verdade também não estou assim tão velha,como na foto, mas  era inverno, estava em casa aconchegada,e o meu neto apanhou-me, assim tal qual,no entanto, dá para ver que sou eu.

 

 

A todos um abraço com toda a minha amizade.

 

 

 

Marés

 

 

Desenho figuras na areia com os pés

Alcanço o fundo da solidão

Vou deixar o destino traçar as marés

E os sonhos deslizarem p'los dedos das mãos.

Do Céu, nada vem, nada cai!

Efémero capricho é esta Vida!

Afogo as minhas angústias, a alegria se vai,

Mas que desacerto este, me sinto perdida!

Perderam-se as figuras, o mar as levou,

A cada respiração, a cada arfar do peito

Ouço o bater quase surdo, do coração que o tempo parou.

E é neste meu viver, sem jeito,

Onde o tempo e os sonhos, são areia em crivo

Que, ergo a muralha, à maré em que vivo.

 

A onda, vem e vai, meu pensamento leva e tráz

Tão suave e intenso, fica meu sossego!

Que, a esperança corre, num silêncio de paz.

E volta de novo à vida, a força e o apego.

Tento levar avante, meu caminho até ao fim!

Com os pés na areia, traço novas figuras,

A maré as levará, e a mim?

Me deixará a sós? Com minhas amarguras?

 

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me: alegre
publicado por rosafogo às 20:50

Domingo, 21 de Junho, 2009

Meus Amigos já viram as imagens da Minha Aldeia, colocadas no post um pouquinho abaixo deste? Vejam como são lindas e não esqueçam: está a decorrer o concurso no BLOG aldeiadaminhavida, podem votar no que gostarem mais.Obrigado pela vossa atenção.

 

Este mimo, foi-me oferecido pelo amigo do Blog UMBREVEOLHAR, de quem me considero muito amiga e fico feliz sempre que se recorda de mim. Grata ao Carlos!

 

 

  

Uma ser humano se tem amigos, nunca está só, há sempre um  amigo por perto!

Não tenho metas defenidas, esta idade já me concede que eu vá fazendo, sem me preocupar se é para hoje ou amanhã. O meu desejo é tão sómente dar-me aos amigos através da poesia, em amizade, do mesmo jeito que eles se entregam  nas palavras aqui deixadas.

É uma necessidade de aprender com eles, de ouvir o que têm a me dizer, é muito agradável este encontro de palavras.

Ás vezes complicamos demasiado a Vida e com coisas bem simples podemos encontrar tanta felicidade, como por exemplo, quando deixamos um recado a um amigo, ou deles o recebemos.

 

Não Quero

 

 

Meus cansaços já me pesam!

Trazidos p'lo caudal do tempo, serão castigo ou ameaça?!

Estas LEMBRANÇAS que em mim rezam

São suspiros de esperanças, para que a esperança renasça.

Não são inventadas, não. São verdadeiras, vigorosas!

E nesta Vida que já de mim abdica

Lembranças, são pétalas perfumadas de rosas.

Na memória, tanto labor, como cansada fica!?

 

LEMBRANÇAS entrelaço-me nelas, faço delas minha morada

São lição aprendida, que não quero esquecer!

São devaneios meus, encontros que me deixam ainda enamorada.

Ou são teias fatais, onde me deixo prender.

 

Porque meus cansaços, já me pesam!

Atormentam-me, são feridas difíceis de cicatrizar

E as lembranças de encontro ao tempo, me revezam.

No envelhecer, em que a Vida, me ficou a olhar.

Mas, hoje sinto-me perfume, espalhado no ar.

Sinto o meu murchar a reverdecer.

Mesmo com o intruso do tempo por mim a passar

Não quero! Não quero, quem sou, deixar de ser.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Domingo, 01 de Março, 2009

 

 

 

Hoje senti o desejo de postar esta poesia de palavras bem claras, bem esclarecedoras

do que observei quando era miúda, numa aldeia onde só o Sol e as crianças eram risonhas.

Labutava-se de sol a sol, para levar a vida por diante, nunca se ouvia a palavra fartura a não ser de cansaço.Tenho exactamente na minha memória o que vou aqui descrever.

Hoje, então vou dedicar a todos que como eu foram criados, estas tão simples palavras.

 

Na eira

 

Vieram tardes quentes de Verão

Na eira, malhava-se o pão

Depois, lançado no ar

Vinha o vento joeirar!

Quando o Sol amansava

Ficáva o cansaço

E a gente descansava

baixando o braço.

 

Bem  tarde, á tardinha

Regava-se a horta

Ao chegar a noitinha

Sentava-se o corpo, na soleira da porta.

O cão ao lado fazendo companhia

E a gente suada, ali adormecia.

 

Deitavam-se os filhos

A mulher suspirava!

De tantos cadilhos

Que a Vida lhe dava.

 

E no desespero á taberna  se ía

E com mais um copo, na mulher batia

Pronto a começar... nas mãos cuspia

Disposto a aguentar por mais um dia.

 

Imolados por uma Vida  de insegurança

Viviam só de migalhas de esperança!

Chegando a noite  com Amor ausente

Da boca brotavam palavras, secamente.

 

 

 

sinto-me: nostálgica
publicado por rosafogo às 16:33

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