Há quanto tempo por fora, tenho que confessar que já não dou conta de tudo, agora ando
pelo recanto das letras, pelos fios do infinito e claro no luso poemas, este último um
tanto polémico, sempre alguém se julgando melhor, o que é bem possível no meio de tantos a escrever, haverá sempre os que mais sabem os que melhor se exprimem, mas
gosto de desafios por lá tenho andado. Agora é difícil deixar, criei também amizades, que
diáriamente lêem o que escrevo, também tem havido lançamentos de livros de vários poetas amigos onde procuro sempre estar presente e tem sido interessante, talvez me sinta mais desenvolta agora ,embora haja muita coisa que eu ainda tenho para aprender.
Hoje deixo algumas fotos da minha viagem a Budapeste, tiradas das minhas imagens,
um pouco sem ordem, mas todas elas desta linda cidade e seu rio Danubio.
E como sempre um poema.
Este meu blog, não sei o que lhe fiz perdeu sua brancura, lá terei que pedir auxílio, pois
não consigo que volte à cor que tinha.
HOJE ABRI UM SOBRESCRITO
Hoje abri um sobrescrito
Havia nele folha em branco
Nada nele me havias dito
Porquê todo este meu espanto!?
Também nada redigi, fiquei parada
Deixei correr o marfim
O amor em branco não é nada.
E este amor era assim.
Reconcilio-me com a solidão
Minhas forças restabeleço
Parto para outra emoção
Rasgo este sonho e esqueço.
Fico um pouco abatida
Depressa me recomponho
Se este amor não tem saída
Esqueço o sobrescrito e o sonho.
Que missiva impertinente
Que a mim não dá sossego
Que foi feito do amor da gente?!
Que ainda é grande o meu apego?!
Olho também o bilhete
Dessa mesmo ocasião
E uma flor dum ramalhete
Com que adoçaste meu coração.
Hoje estou resignada
Ouço ainda teus passos no soalho
Se este amor não deu em nada
Para quê tanto trabalho?!
Volto a esconder meu tesouro
Mas sou franca por natureza
Ainda p'ra mim vale ouro!
Era AMOR tenho a certeza
rosafogo
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