Quinta-feira, 26 de Agosto, 2010

 

NO FUNDO DO TEMPO

Meus poemas são música que ninguém tocou
São débeis sóis de esperança de criança curiosa
São pedrinhas atiradas ao charco que a ninguém molhou
Porque me queixo eu? De que estou ansiosa?!
Tivesse eu outra forma de criação?!
Bailarina talvez, exprimindo-me por gestos
Mas a poesia é o meu mundo o meu chão
Meus poemas são gritos, são manifestos.
Sentimentos, lamentos e esperanças, neste chão verde
A mão que dou, a palavra que deixo o que recebo e me afaga
São água fresca onde mato a minha sede,
Uma força maior que ninguém silencia, nem apaga.
Estão prenhes de utopia por isso me chamam louca
Um dia virá, eles serão o grito, a força da minha voz já rouca.

Calo-me agora, quando o fim está p'ra chegar
Não resta nada, trago os dias cansados
E o medo espreita no fundo do meu olhar.
Cerro memórias que são já frutos frutificados.
Falei do passado acreditei no presente
O futuro calarei, fátuo fogo em que me apago
A vida não passou dum jogo, correu apressadamente
É bola de fogo, alegria efémera é dor que trago.
Meus poemas, são minha existência a escurecer
Numa solidão onde mais nada há a dizer.
Fico tolhida no fundo do tempo a esquecer
Quanto tempo a Vida me tira, sem eu o querer.

rosafogo

publicado por rosafogo às 19:02

Domingo, 08 de Novembro, 2009

Estas são fotos da Cidade de Varsóvia.

 

Hoje estou na aldeia, está chuviscando e o dia vai a pouco mais de meio e já está a

ficar escuro, é também o primeiro dia de lareira, que por cá já se faz sentir o frio, então,

vai-se assando umas castanhas, e lendo um bom livro no aconchego do sofá.

 

Venho apenas postar e hoje resolvi descansar.

 

 

 

Se ela me negar a luz?

 

Vou passando , ninguém nota

A minha partida ou chegada!?

- Vou seguindo minha rota.

Vai-se apertando a passada.

Não quero a Vida parada!

Mesmo que o futuro me pese

Não a dou de mão beijada!?

- Vem a noite faço prece.

 

Levo passo já hesitante

Meus desejos trago sem norte

Lembro o passado distante

Grito ao futuro melhor sorte.

- Esta rota é já comprida!

Vou andando sem descanso

E na solidão desmedida?

Dou mais um passo e avanço.

 

Já nem sei quem me conduz?!

Se sou eu ou é a Vida?!

Se ela me negar a luz?

Já me vou.! Estou de partida.

Sem qualquer tempo a perder

Procuro na esperança guarida

- E no caminho a percorrer

Longe a morte, perto a vida.

 

 

sinto-me: nostálgica
publicado por rosafogo às 17:50

Quarta-feira, 01 de Julho, 2009

Esta foto foi retirada da net, retrata Gil Vicente,

às portas do castelo da minha cidade.

 

Ultimamamente, tenho lido mais poesia do que era hábito e cheguei à  conclusão que toda ela é diferente na beleza  da escrita, mas que toda é bela. Uma mais suave, outra mais profunda, uma mais serena, outra mais acesa, cada poeta tem a sua «marca», mas o sentimento , o Amor por ela é igual em todos.

 

 Hoje

 

As horas hoje estão lentas e suaves, belas para mim.

A aldeia, de silêncio, transborda.Anoitece!

Atravesso desertos, surge um oásis por fim.

Na minha imaginação, sonhar ainda acontece!

Às vezes as lembranças, são já só rasuras.

E a tristeza se apodera do meu coração.

Porquê, tal desnorte?! Ou serão só minhas loucuras?!

E as palavras me saem, como beijos em excitação.

 

Olho a Lua distante, o silêncio é maior, sinto-me só!

Tenho necessidade de ouvir o vento...

Parece a Vida um ermo, chego de mim a ter dó

Então ergo uma força, maior que meu pensamento.

 

Em mil estilhaços , a Vida, parece partida

E surge de novo a investida da solidão.

O passado, o presente, ficam na memória esquecida.

E de chama quase extinta, vou perdendo o meu chão!

 

E as estrelas me dizem, coragem mulher, ainda é cedo!?

Foge à solidão, esquece a fuga dos dias

Porque hoje, amanhã, a vida te vence e no medo!?

Vencida estarás  só ... de mãos vazias.

Neste silêncio  que é da noite e meu,a lua se afastou

Cada segundo é diferente do anterior.

Oiço o vento  cujo sussurro,  quase me embebedou.

E me fez esquecer, da vida um mal maior.

 

Neste papel branco, deixo meus recados

Que são pequenas deixas, um quase nada!

Alguns sentimentos, que trago  ao peito aconchegados.

E desabafos  duma história, p'ra sempre  inacabada.

 

 

 

 

 

 

 


Quarta-feira, 18 de Fevereiro, 2009

 

 

 

 

Quando se sente uma sensação de rejeição, nem queremos acreditar o que se está a passar conosco. Sente-se uma certa revolta e há o desejo de nos esquecermos de nós próprios.Possívelmente não acontecerá com todos, mas é isto que eu sinto com todas estas

mudanças que a vida operou em mim.Mas haja alegria, que como diz o povo e tem razão

«tristezas não pagam dívidas». Não saí e este é o resultado.

 

Quem é a rapariga da fotografia?

 

Quem é a rapariga da fotografia?

Ninguém lembra, nem reza a história!?

Tem alguma semelhança...Quem diria!

Será?! Que é a que guardo na memória?!

 

Não é... que não me sai da cabeça?!

Ás vezes, lembro-me dela tão vivamente!

Não! Não é ela...ainda que pareça!

Que ideia absurda, que repugno firmemente!

 

Está irreconhecível, só pode ser!

Se fôr também não há reconciliação

Deixem, deixem-me o  presente esquecer.

 

Ah! Agora o que mais quero é esquecê-la!

A quem ?! À rapariga, pois então!

Há muito despedi-me dela.Deixei de vê-la!

 

 

sinto-me: trite não triste
música: Cortazar
publicado por rosafogo às 18:55

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