Este mimo foi-me oferecido, pela amiga Maria João do Blog
POETAPORKEDEUSKER, é mesmo muito gentil, uma amiga de OURO.
Andava por aí a tentar ver alguns blogs da minha aldeia ou proximidades, querendo ver fotografias, mas não achei. Entretanto achei sim poesia muito boa, onde perdi parte da tarde rendida ao encanto das palavras.Não sei se mereço mas adicionei como amigo, pois dar-me-á pelo menos o prazer da leitura. Tenho pena de não ter fotos recentes da minha aldeia para poder concorrer a um desafio que se encontra no blog do meu amigo Carlos Alberto «umbreveolhar.» Seria óptimo concorrer com uma poesia, áquela bonita aldeia das LAPAS.
Para que quero ser?
Para que quero ser?
Aquilo que já não sou?!
Se sou apenas o resto, por acontecer!
A cinza, o silêncio, a que a Vida me votou.
Seca a memória há muito vencida
Vou apenas adiando a Vida!
Esperança?! Soltei da mão!
Mão vazia, onde só cabe a solidão.
Os sonhos há muito perdi!
A vontade onde está, que não a senti.
Já não sou eu!
Sou só o passado, que me aconteceu!
Sou o peito, onde já não bate nada!
Sou a morte, mil vezes adiada!
Existo, como uma lágrima teimosa
Existo com espinhos como qualquer rosa
Mas na Vida sou já Outono, que não se detém
Cumpro a sina, que não quiz mais ninguém!
Sou a história, na qual mil vezes tropeço
Nada sou, já mal me conheço.
Serão sinais de loucura?!
Ou saudades do meu Eu, na lonjura?!.
Para que quero ser?!
Aquilo que já não sou?
Se sou apenas o resto por acontecer!
A cinza e o silêncio, a que a Vida me votou.