Sábado, 18 de Setembro, 2010

 

FALO DE COISAS SIMPLES

Minha memória é livre
Recordar depende dela não de mim
E é nesta liberdade
Que despertam recordações sem fim.
Surgem sempre trazendo saudade
Repetem-se sem aviso,
até à exaustão.
E sempre que é preciso
Surge lembrança que parecia enterrada,
na raiva dum grito, calada.
E é maior a solidão!

Um rumor já ouvido
Um odor já respirado
E nem o coração ouve o pedido
Do meu espírito cansado.

Trepa o sol pela parede
Sonho eu com a idade dourada
Assim mato minha sede
A dormir ou acordada.
Falo de coisas simples...
Das aves que sempre regressam do mar
Trago os olhos cheios de poesia
E nesta noite escura sem luar!?
Ergo a voz a um novo dia.

Falo das rãs que coaxam canções de amor
Dos pássaros soltando trinados
E se a lembrança me causa dor?!
Ficam meus sonhos desarvorados.

Vivo ao sabor da corrente
Já não me imponho à maré
Nascida dum pobre ventre
Dele mesmo trouxe fé.
Sou flor da maresia
Meu nome é rosmaninho
Cresço de noite e de dia
Meu destino é este caminho.

rosafogo


Terça-feira, 16 de Março, 2010

 

 

Há quanto tempo por fora, tenho que confessar que já não dou conta de tudo, agora ando

pelo recanto das letras, pelos fios do infinito e claro no luso poemas, este último um

tanto polémico, sempre alguém se julgando melhor,  o que é bem possível no meio de tantos a escrever, haverá sempre os que mais sabem os que melhor se exprimem, mas

gosto de desafios por lá tenho andado. Agora é difícil deixar, criei também amizades, que

diáriamente lêem o que escrevo,  também tem  havido lançamentos de livros de vários poetas amigos  onde procuro sempre estar  presente e tem sido interessante, talvez me sinta mais desenvolta agora ,embora haja muita coisa que eu ainda tenho para aprender.

Hoje deixo algumas fotos da minha viagem a Budapeste, tiradas das minhas imagens,

um pouco sem ordem, mas todas elas desta linda cidade e seu rio Danubio.

 

E como sempre um poema.

Este meu blog, não sei o que lhe fiz perdeu sua brancura, lá terei que pedir auxílio, pois

não consigo que volte à cor que tinha.

 

 

HOJE ABRI UM SOBRESCRITO

 

 

Hoje abri um sobrescrito

Havia nele folha em branco

Nada nele me havias dito

Porquê todo este meu espanto!?

Também nada redigi, fiquei parada

Deixei correr o marfim

O amor em branco não é nada.

E este amor era assim.

 

Reconcilio-me com a solidão

Minhas forças restabeleço

Parto para outra emoção

Rasgo este sonho e esqueço.

Fico um pouco abatida

Depressa me recomponho

Se este amor não tem saída

Esqueço o sobrescrito e o sonho.

 

Que missiva impertinente

Que a mim não  dá sossego

Que foi feito do amor da gente?!

Que ainda é grande o meu apego?!

 

Olho também o bilhete

Dessa mesmo ocasião

E uma flor dum ramalhete

Com que adoçaste meu coração.

Hoje estou resignada

Ouço ainda teus passos no soalho

Se este amor não deu em nada

Para quê tanto trabalho?!

 

Volto a esconder meu tesouro

Mas sou franca por natureza

Ainda p'ra mim vale ouro!

Era AMOR tenho a certeza

 

rosafogo

 

 

 

 

 

.



 

sinto-me: Feliz
publicado por rosafogo às 14:32

Domingo, 29 de Novembro, 2009

Hoje deixo fotos da minha cidade, do castelo, do rio e algumas panorâmicas. Como podem ver é uma cidade verde, mimosa e está bem cuidada. O centro velho é muito bonito e vale a

pena passear nele. Tem agora uma biblioteca enorme, moderna, um espaço aberto a todas as idades, com sala de cinema e teatro, sala de computadores, sala de trabalhos manuais,

sala de exposições diversas etc Estas as que visitei, porque tem muitas outras, e situa-se numa das margens do rio circundada por belos jardins. O castelo foi recuperado e o seu

espaço interior tem um jardim com algumas arvores muito antigas que o embelezam. Como

não podia deixar de ser é um cidade com muitas rotundas, mas ao contrário de outras,

estas tem beleza, um dia destes posto aqui algumas fotos que me cedeu um amigo.

 

Só agora soube e aqui deixo para conhecimento dos amigos

 

Dia 5/12 sai a colectânea «A traição de Psiquê» onde colabora a

amiga Ausenda Hilário do Blog - UTOPIA DAS PALVRAS.

 

Também sairá e será posta à venda no mesmo dia a antologia «Trago-te um sonho nas mãos» cujos direitos de autor revertem a favor da Associação ASAS de Sto Tirso, nela com muito orgulho colaborei, e espero alcance muito sucesso nas vendas.

 

O prémio colocado acima foi-me oferecido pela amiga

PoetaporKeDeusKer, grata boa amiga pela lembrança.

 

 

 

Agora vou deixar mais uma poesia.

 

Sou Mulher! Mulher.

 

 

Eu sou Mulher! Mulher.

Trago  em mim a esperança

Que é o farol

Que a Vida ilumina e alcança.

Trago comigo o querer!

Em cada dia há o romper dum novo Sol

Cai a tarde, me deixa um rasto de saudade

E logo a melancolia me invade.

 

Estes dias fazem de mim peregrino

Cai a noite e eu medito!

Tudo tão distante!? Tudo tão perto!?

A eternidade, o infinito.

 

Já meus braços, perdem firmeza

Mas sou Mulher! Mulher...

Minha vontade trago acesa

Nos sentidos trago saudade.

De toda esta viagem

Trago comigo a aragem

Da euforia da juventude

Sempre pronta a recomeçar

Esta Vida, que sempre me ilude.

Mesmo às vezes em farrapos vencida

Desencantada, caída?!

Ainda me apetece amar.

 

Porque sou Mulher! Mulher.

Me comovo e me enterneço

Comigo trago a idade

Que é de agora e doutra idade

E tanta saudade

Do tempo que não esqueço...

publicado por rosafogo às 19:42

Terça-feira, 29 de Setembro, 2009

 

 

Hoje tenho que pôr as fotos que me restam e que não têm a ver com a poesia nem com

o que vou contar-vos, mas para não parecer um deserto, deixo os anjos aqui descansando,

por sinal, um também tem vontade de vos escrever, É que nem sequer os consegui pôr de pé, tirei estas fotos em Praga e não sei porque ficaram assim deitadas, não há dúvida que é defeito da fotógrafa.

 

Bem , há algum tempo que não venho postar, o tempo também não tem sido muito,

e ando muito desgostosa, pois me desapareceu o meu Jimy , para os amigos a quém nunca dele falei, direi que era um gato que tinha há dois anos e que era como uma criança,

dócil, meigo, brincalhão, amigo  de se meter dentro de tudo quanto era saco, mala de viagem, e que agora alguém levou dentro de algum saco, pois já fez 11 dias que desapareceu aqui do portão da casa e nunca mais deu sinal. É triste, pois tanto carinho lhe

demos, e agora nada sabemos e claro sentimos-lhe a falta.

 

Esta poesia que vou deixar, é um pouco triste e fala da minha terra.

 

Hoje nada tem harmonia, nem as fotos, nem a conversa e nem por fim a poesia, mas

Como vou estar ainda esta semana aqui na aldeia pouco mais posso fazer, porque ainda

estou muito crua neste mexer, neste ir buscar, tirar daqui, pôr dali., estou sempre precisando de ajuda.

 

 

SAUDADE

 

Há nos meus versos saudade

Poeira no meu olhar

E eu sinto  em profundidade

A ferida que não quer sarar.

Passa o vento p'los figueirais

Chuva miúda, terra molhada

Já se foram os demais!

Gastos! P'la caminhada.

 

Meu coração é quem  escreve

No teu chão ainda pisado

Que a terra lhes seja leve!

A tantos que hei  amado...

Minhas palavras gastas estão

São já  acessos de melancolia

Sempre  leio na minha mão!?

Que um dia voltarei a ti. Um dia!

 

 

 

 

sinto-me: instável
publicado por rosafogo às 20:05

Segunda-feira, 08 de Junho, 2009

                    LAPAS

 

            A minha aldeia, é uma das freguesias da cidade de TORRES NOVAS, situa-se a 2 quilómetros desta cidade e chama-se LAPAS.
Assim chamada, porque assenta em cima de grutas (lapas), dizem os historiadores terem sido escavadas pelos Cristãos para se esconderem dos Romanos, mas também outros dizem que já são do tempo dos Mouros.Estas grutas tornaram-se um sítio misterioso, do qual surgiram muitas lendas.
A aldeia tem a Igreja da Nª. Sª. da Graça « que é a padroeira», a igreja foi edificada no ano de 1550, o povo é muito devoto.
No passado a economia baseava-se na agricultura, mas hoje é baseada essencialmente no comércio e na indústria devido á evolução e ás fábricas agora existentes.
Mesmo assim o seu chão, ainda dá bom pão, azeite, vinho e os famosos figos que se vendem secos. A minha aldeia é banhada pelo rio ALMONDA, que com ela namora em noites de luar, entrelaçando-a em seus braços, murmurando-lhe o seu Amor, cantando-lhe melodias em belas quedas de água, vizinhas dos velhos moinhos, e dá-nos ao olhar belas imagens de azul e verde, que ao fotógrafo ou ao poeta, sempre ajudará na sua obra.
Que mais dizer?! Que é linda ! Suas ruas, são pequenas ruelas estreitas, onde as crianças do meu tempo corriam descalças e eram felizes!
É de facto a aldeia da Minha Vida, hoje só a visito. Dela saí com 18 anos, mas nunca ela me saíu do coração, agora quando dela me dispeço, o coração bate
mais lento e o olhar humedece,É bela, vale a pena a visita!

E é linda a minha aldeia
E por mais que me invejem
E até a achem feia!
Não há outra assim igual
Meus olhos por ela enternecem!
É a mais bela de Portugal.
Á Srª da Graça
Talvez a beleza ela lhe deva
Hoje quem por ela passa
Não sai, sem que da sua água beba.

Este dito do último verso sempre o ouvi da boca dos nossos antepassados.

LAPAS
Freguesia de TORRES NOVAS
RIBATEJO

Á MINHA ALDEIA

Minha aldeia
Tens a doçura do tempo ído!
A beleza que afaga e ateia
Meu olhar por ti enternecido!

Trago ao poema este amor por ti
E na memória, ainda aquela menina
Que te ama e sempre te sorri
Quando a ti volta como eterna peregrina!

Deixa, deixa que te ame assim?!
Meu espelho de água meu amor meu Céu!
Em ti nasci, cresci e és para mim!
A chave deste segredo, que é só meu e teu.


Dedicado á minha aldeia - LAPAS-

Natalia Canais Nuno
As fotos foram adquiridas através da internet.

Querida amiga, agradeço que faça a postagem no seu Blog, que eu farei no meu dia nove, conforme regulamento.
Obrigado por toda a atenção e parabéns pela iniciativa.

 

 

 

 

 

Atenção Amigos:

Este trabalho, encontra-se postado no Blog com o nome: aldeiashistoricasdeportugal.blogspot.com  a partir do dia 9/06.

Há vários textos a serem avaliados, daí que seria óptima a vossa visita, pela minha parte deixo já aqui o meu grande agradecimento.

 

 Hoje dia 9 , estarei ausente, por motivos familiares urgentes, por este motivo ,são duas da  manhã , no meu relógio e sou obrigada a postar,  sob pena de não conseguir fazê-lo mais.

Apesar da hora,  como iniciei o trabalho ás 22 horas do dia 8 , verifico que saíu  com essa data.

Nada a fazer, os meus agradecimentos, aos que me deram força, para que este meu sonho se realizasse.

  

sinto-me: Contente
publicado por rosafogo às 22:02

Domingo, 03 de Maio, 2009

 

Não é facil falar do que nos magoa, talvez porque o tempo ainda não suavizou a dor.

Hoje vou postar um poema pequenino dedicado á minha mãe e a todas as mães que

 disseram adeus.

 

MÃE

 

 

A laranjeira floria

E a minha mãe partia!

 

A laranjeira está em flor

Hoje a recordo com Amor!

 

O dia estava lindo

Ela me deixou sorrindo!

 

A laranjeira floria

E a minha mãe partia!

 

O céu de azul se vestia

Adormeceu, sonhando

Fechou os olhos sorria

Sem querer, me foi deixando!

 

Minha mãe, sabia ler

Meu caminho acompanhou

Ensinou-me o seu saber

A ela devo o que sou!

 

A laranjeira está em flor

Hoje a recordo  com Amor!

 

Apertou a minha mão

E a laranjeira floriu

E só do meu coração

Ela ainda não partiu.

 

 

Eu a trago dentro de mim

Neste caminho, feito saudade

A dor  mesmo não tendo fim

O tempo a fará suavidade.

 

A laranjeira floria

E a minha mãe partia!

 

A laranjeira está em flor

Hoje a recordo  com Amor!

 

Inconsolável, ficou  meu ser

Comigo,ficou  seu último sorriso

Era torre de marfim p'ra me defender

Agora! Vem dela ,a força que preciso!

 

 

 

 

 Amigo Eduardo, como vês o teu ramo fez maravilhas aqui no meu Blog, á tua e á minha

e a todas as mães, com todo o nosso carinho. Agradeço também és um bom Amigo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

sinto-me:
publicado por rosafogo às 19:54

Sexta-feira, 17 de Abril, 2009

 

Regressei da viagem à Polónia, onde caminhei muitas dezenas de quilómetros a pé, para conhecer tudo quanto foi possível, numa semana. Visitei Varsóvia, Cracóvia  e os campos de

concentração de Auschwitz. No regresso fizémos escala em Frankfurt, e tivémos tempo para visitar esta cidade. Éramos seis amigos e tudo correu muito bem, e já no  regresso fomos planeando a próxima. Nesta o que mais me agradou foi a cidade de Cracóvia, que é linda,

Auschwitz que me impressionou e me levou ás lágrimas. Por fim visitámos  a mina de sal

de nome Wieliczka, descemos a 327 metros de profundidade e é um deslumbramento tem um salão enorme onde toca uma orquestra inteira, uma igreja, uma capela, lojas  várias restaurantes  e entre outras coisas faz -se concertos, bailes, banquetes, exposições, cerimónias de casamento, conferências etc. É fenomenal, tem imensas esculturas, e é património Mundial. Em Varsóvia visitamos imensas catedrais, museus, todos os memoriais da 2ª Grande Guerra, parques maravilhosos,os jardins saxónicos,assistimos a um concerto nocturno com música de Chopin e  apreciámos também a comida polaca.

No domingo de Páscoa havia tanta gente na rua e as catedrais estavam repletas de polacos com cestinhas de comida para serem abençoadas, reparamos que este povo é muito católico e a juventude está presente nestas manifestações de fé. Muito mais teria para contar, mas fico por aqui. Espero que os meus amigos se encontrem muito bem.

 

Vou deixar hoje uma poesia feita já há algum tempo, pois ainda estou um pouco fatigada

ou seja ainda não assentei arraiais, como é hábito dizer-se.

 

Num beco silencioso

 

 

Quando a saudade é forte

E nos humedece o olhar

Bate o coração á sorte

Feito marulhar do mar!

E é sempre com o mesmo ardor

A mesma esperança tenaz

Que por felicidade e Amor

Se luta, até se ser capaz!

 

Não sei o que  hoje me leva a escrever?!

Talvez o deixar-me encantar?!

Talvez por mais jovem ser

Do que a idade me quer deixar.

Tudo o que sei aprendi

Lendo muito na minha solidão

De tanto ler decidi

Dizer não!

Aos pensamentos, cor de carvão.

 

E soltar meus ais do beco silencioso do coração.

 

Quando eu morrer?!

Não restará reflexo de mim

Ninguém meu nome irá ler

Descansarei do Mundo por fim !

Nenhum nome, nenhum traço

Só o silêncio triste do cipreste

Que ali bem perto a um passo

Será minha sombra agreste.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por rosafogo às 22:11

Terça-feira, 17 de Março, 2009

 

 

Bonna sera, aspeto che siette tutti bene

 

É agradável voltar de novo ao convívio dos amigos, depois de uns dias ausente. Cheguei

tarde e um pouco cansada, porém ainda os visitei a todos e deliciei-me com as vossas

sempre bonitas poesias, mas devido á hora já não comentei, farei isso amanhã, com a cabeça mais assente. Adorei chegar e ter comentários de tanta lisonja. Grata a todos, com o

desejo de que se encontrem óptimos.

 

Hoje no avião, procurei um pouco de inspiração, mas não deu para muito mais que isto,

vinha sem título mas vou dar-lhe-o agora

 

Viagem

 

Minha alma parece querer voar

Nos meus olhos trago  saudade

Minhas mãos prontas para se dar

Embora numa profunda imobilidade

Meus sentidos rumam a um mar sereno

Navegam em águas de tranquilidade

São eles arco-íris em espaço ameno

Onde o verde esperança é a tonalidade

 

E é neste mar profundo onde navego

Onde aparentemente não existe solidão

Que minha alma se acalma e eu sossego

E encho  duma luz nova meu coração

Minha boca que de fogo é ainda feita

Tráz com ela o desejo, feito melancolia

E a minha mente ainda se deleita

Vivendo o amor, e a vida por mais este dia.

 

 

sinto-me:
publicado por rosafogo às 00:38

Domingo, 22 de Fevereiro, 2009

 

Quando menos esperamos,quando pensamos estar entre pessoas de bem, surge um louco que nos põe a vida em risco. É muito grave o que nos aconteceu neste passeio mas

 felizmente tudo acabou bem e não passou dum belo susto. Passeio de colegas de serviço

que alegres estavam,  quando um familiar duma destas pessoas presentes, resolveu começar aos tiros, pois pelos vistos estava armado de pistola e ao que soube era polícia

no activo, mas deve ter bebido demasiado e não fosse a agilidade dos empregados e a

chegada da polícia de imediato e não sei se teríamos chegado todos ilesos a casa.  Isto até parece uma história mas de facto aconteceu e não há dúvida que o perigo está onde menos se espera.

Vou postar uma pequenina poesia, tão pequenina e tão simples como simples eram as flores do campo que tanto apreciei este fim de semana.

 

 Recordar

 

 

Agora que a idade me tráz quietude

 Fico a recordar o tempo distante

 Tempo estonteante da juventude

 Quando a vida era tão inebriante!

 

 Eram dias de Sol  na minha vida

 Pulsava forte meu coração!

 Hoje?! É como noite adormecida!

 Onde só há a luz da recordação.

 É bom sentir ainda o deslumbramento

 Do riso, da alegria, do querer

 Agora são dias de retraimento

 É o tempo do ser,ou já não ser!?

 

 

 

 

 

sinto-me: Feliz
publicado por rosafogo às 22:49

Quarta-feira, 18 de Fevereiro, 2009

 

 

 

 

Quando se sente uma sensação de rejeição, nem queremos acreditar o que se está a passar conosco. Sente-se uma certa revolta e há o desejo de nos esquecermos de nós próprios.Possívelmente não acontecerá com todos, mas é isto que eu sinto com todas estas

mudanças que a vida operou em mim.Mas haja alegria, que como diz o povo e tem razão

«tristezas não pagam dívidas». Não saí e este é o resultado.

 

Quem é a rapariga da fotografia?

 

Quem é a rapariga da fotografia?

Ninguém lembra, nem reza a história!?

Tem alguma semelhança...Quem diria!

Será?! Que é a que guardo na memória?!

 

Não é... que não me sai da cabeça?!

Ás vezes, lembro-me dela tão vivamente!

Não! Não é ela...ainda que pareça!

Que ideia absurda, que repugno firmemente!

 

Está irreconhecível, só pode ser!

Se fôr também não há reconciliação

Deixem, deixem-me o  presente esquecer.

 

Ah! Agora o que mais quero é esquecê-la!

A quem ?! À rapariga, pois então!

Há muito despedi-me dela.Deixei de vê-la!

 

 

música: Cortazar
sinto-me: trite não triste
publicado por rosafogo às 18:55

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